ATA DA OCTOGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 05-10-2006.
Aos cinco dias do mês de outubro do ano de dois mil
e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e dez minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro,
João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Nereu D'Avila e Neuza
Canabarro. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Clênia Maranhão, Elias Vidal, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulo Odone,
Professor Garcia, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos
1802, 1803, 1804, 1805, 1806, 1807 e 1808/06 (Processos nos 4853,
4854, 4855, 4856, 4857, 4858 e 4859/06, respectivamente); pelo Vereador Sebastião
Melo, o Pedido de Providência no 1801/06 (Processo no
4846/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10733320,
10733321, 10733322, 10733324, 10733326, 10733327, 10733328, 10733329, 10733330,
10733333, 10733340, 10733341, 10733342, 10733346 e 10733348/06, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora
Neuza Canabarro, considerando o
processo democrático de fundamental importância à liberdade de expressão e ao
desenvolvimento do País, comentou o
pleito nacional ocorrido no dia primeiro deste mês. Sobre o assunto, mencionou a reeleição de nomes comprovadamente
envolvidos em atos de corrupção, analisando
o papel do Parlamentar na sociedade contemporânea e o descrédito que,
segundo Sua Excelência, enfrenta a classe política brasileira. Na ocasião, em face de Questões de Ordem e
manifestações formuladas pela Vereadora Clênia Maranhão e pelos Vereadores
Nereu D'Avila, João Antonio Dib e Ibsen Pinheiro, o Senhor Presidente prestou
informações acerca da viabilidade de prosseguimento dos trabalhos em caso de
inexistência de quórum deliberativo, quando da apreciação de Requerimentos, e
da possibilidade de realização de Sessão Extraordinária para a apreciação do
Projeto de Lei do Executivo nº 031/06. A seguir, constatada a existência de
quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela Vereadora
Clênia Maranhão, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, por dezenove votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr.
Goulart, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro,
João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Sofia Cavedon. Em
prosseguimento, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA
e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Após,
foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Aldacir Oliboni, solicitando
Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente
declarado empossado na vereança o Suplente Zé Valdir, informando que Sua Excelência
integrará a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Ainda, foram apregoadas
Declarações firmadas pela Vereadora Sofia Cavedon, Líder da Bancada do PT, informando
o impedimento dos Suplentes Marcelo Danéris, Guilherme Barbosa e Gerson Almeida
em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Aldacir
Oliboni. Em prosseguimento, por solicitação dos Vereadores Carlos Comassetto e
Dr. Goulart, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma, respectivamente,
à Senhora Maria Regina Borges Pinto, conhecida como Tia Regina, Presidenta da
Sociedade Recreativa Beneficente Cultural Fidalgos e Aristocratas, falecida no
dia de ontem, e ao Senhor José Carlos Oliveira, funcionário deste Legislativo,
falecido no dia três de outubro do corrente. Em Discussão Geral e Votação,
foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, a Mensagem Retificativa
e as Emendas de nos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 12, 14, 23,
25, 29, 36, 38, 42, 44, 48, 50, 51, 52, 53, 54, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64,
65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74 e 97, as quais obtiveram Parecer
favorável da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, com
ressalva dos destaques a ele apostos, por vinte votos SIM e seis votos NÃO,
após serem discutidos pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos Vereadores João
Antonio Dib, Zé Valdir, Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e
Claudio Sebenelo e encaminhados à votação pela Vereadora Sofia Cavedon e pelo
Vereador João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr.
Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão,
Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir Caetano e
Não os Vereadores
Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Mauro Pinheiro,
Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo apresentado Declaração de Voto,
conjuntamente, em nome da Bancada do PT, os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto,
Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo
nº 031/06, o Vereador Mauro Pinheiro cedeu seu tempo de discussão ao Vereador
Carlos Comassetto. Na ocasião, o
Vereador Claudio Sebenelo manifestou-se acerca de Emendas apostas aos Projetos
relativos ao Plano Plurianual e às Diretrizes Orçamentárias, referentes à
implantação de um pronto-socorro na Zona Sul da Cidade, tendo o Senhor
Presidente prestado informações acerca do assunto. Em seguida, foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 11, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/06, por seis votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib e
pela Vereadora Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Adeli
Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Zé
Valdir, Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir Caetano e tendo optado
pela Abstenção a Vereadora Maristela Maffei. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 16, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por
cinco votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à
votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, João Antonio Dib, Zé Valdir e José
Ismael Heinen, em votação nominal solicitada pelos Vereadores João Antonio Dib
e Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Carlos
Comassetto, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Zé Valdir, Não
os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir
Caetano e tendo optado pela Abstenção o Vereador José
Ismael Heinen. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste
Plenário, dos Vereadores Sebastião de Jesus Dorneles de Lourenço, do PDT, da
Câmara Municipal de Itacurubi – RS – , e Célio José Garlet, do PDT, da Câmara
Municipal de Pinhal Grande – RS. Em
continuidade, foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 17, aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por quatro votos SIM, dezoito votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos
Comassetto e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador João
Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Carlos
Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Zé Valdir, Não
os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor
Garcia e Valdir Caetano e tendo optado pela Abstenção a Vereadora Maristela
Maffei. Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal,
solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezesseis horas e trinta
e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezesseis horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum.
Em continuidade, foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 18, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/06, por três votos SIM, dezenove votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto e Sofia
Cavedon, Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir Caetano e
tendo optado pela Abstenção a Vereadora Maristela
Maffei. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
19, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por cinco votos SIM e
dezessete votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Carlos
Comassetto, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado
Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Mauro
Pinheiro, Sofia Cavedon e Zé Valdir e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia. Na ocasião, os Vereadores João
Antonio Dib e Carlos Comassetto manifestaram acerca da votação conjunta de
Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, tendo
o Senhor Presidente prestado esclarecimentos acerca do assunto. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 20, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/06, por sete votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhada
à votação pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos Vereadores Carlos Comassetto,
Claudio Sebenelo, João Antonio Dib e Professor Garcia, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Carlos
Comassetto, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Neuza Canabarro,
Sofia Cavedon e Zé Valdir e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, José
Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone e Professor
Garcia. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
21, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por dezenove votos NÃO, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia. Na
oportunidade, em
face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Carlos
Comassetto, Sofia Cavedon, Claudio Sebenelo, Luiz Braz e João Carlos Nedel, o
Senhor Presidente prestou informações acerca do artigo 176, § 1º, do Regimento,
que dispõe sobre o tempo destinado às votações. Também, os Vereadores João
Antonio Dib, Ervino Besson, Sofia Cavedon, João Carlos Nedel, Carlos Comassetto
e Zé Valdir manifestaram-se acerca das normas regimentais que regulam a
participação dos Vereadores nas votações realizadas neste Legislativo. Ainda, a
Vereadora Clênia Maranhão formulou Questão de Ordem acerca da regimentalidade
das manifestações realizadas anteriormente. Às dezessete horas e vinte e sete
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezessete horas e trinta e um minutos, constatada a existência de quórum. Em seguida, foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 22, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por
três votos SIM e dezoito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos
Vereadores Carlos Comassetto, Maristela Maffei, Claudio Sebenelo e Adeli Sell,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Professor Garcia, tendo votado Sim
os Vereadores Carlos Comassetto, Mauro Pinheiro e
Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia. Foi
votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 24, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/06, por dois votos SIM e dezessete votos NÃO, após ser
encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto e Zé Valdir e pela
Vereadora Maristela Maffei, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Carlos Comassetto
e Mauro Pinheiro e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal,
Neuza Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia. Às dezoito horas e dez minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e doze
minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, em face de manifestações
formuladas pelo Vereador Carlos Comassetto, o Senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca das deliberações dos Senhores Vereadores para definir a
votação conjunta de Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06. Também, o Vereador João Antonio Dib
manifestou-se acerca dos trabalhos da presente Sessão. Às dezoito horas
e dezessete minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada pela Vereadora Sofia Cavedon, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Dr. Goulart e Luiz Braz e secretariados pelo
Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Passamos ao
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Grande Expediente, por cedência do
Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Desiste. A Verª Neuza Canabarro está com a palavra
em Grande Expediente.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo.
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público
presente a esta Casa, nós estamos retornando nesta semana, depois da eleição de
1º de outubro; considero que o processo democrático é de suma importância para
que se possa ter um crescimento do pensamento político, para que se possa
discutir e dar liberdade a que todo o cidadão possa expressar a sua vontade. E
sempre a democracia é, por pior que seja, melhor do que a melhor das ditaduras.
Mas
essa eleição nos leva a fazer uma profunda reflexão. E no momento em que nós
fazemos uma reflexão, Ver. Dr. Goulart, não estamos falando aqui por termos
sido candidata e não nos termos elegido. No meu caso, eu não era candidata até
abril, coloquei meu nome, e, no momento em que o Partido precisou, eu estive ao
lado de toda a agenda majoritária, deixando de lado a minha campanha - nós tínhamos
todo um esquema de companheiros que concorriam a Deputado Estadual em
dobradinha com Collares -, então é um caso a parte. Mas eu falo aqui do
profundo choque que nós tivemos no momento em que vimos nomes que eram
considerados eleitos e que não conseguiram se eleger.
Há
dois anos, Ver. João Antonio Dib, nós acompanhamos o descrédito na pessoa dos
políticos; ninguém mais acredita no político. O político é considerado
corrupto, ladrão, oportunista. E esta eleição, em que nós imaginávamos fosse
ser julgado o comportamento do político e aqueles políticos que têm uma folha
corrida limpa fossem galgados ao mais alto nível de votação, trouxe-nos uma
surpresa: todos os envolvidos no mensalão foram confirmados nas urnas!
Vimos
pessoas que surgiram do nada, em termos de política, como o Clodovil, que
sequer fez um "santinho". Quando indagado sobre o que faria no
Congresso, qual seria o seu Projeto, ele disse: “Eu não tenho Projeto, vou lá
ver como é”. E questionado: “Vai trabalhar?” Perguntou: “E se trabalha?” E teve
uma votação de mais de 300 mil votos.
Quando
vemos um Vereador como o Dr. Goulart, que abriu mão nos 30 dias de estar aqui,
na vitrine, como Presidente da Casa - Dr. Goulart, eu tinha certeza de que V.
Exª faria mais de 40 mil votos -, que tem um trabalho diuturno nas comunidades
mais carentes, como na Restinga, em Cachoeirinha, em Arroio dos Ratos e tantos
e tantos Municípios, teve a mesma votação que na eleição passada!
Quando
vemos Jair Soares, um homem que, nos quatro anos como Deputado, não tirou
nenhuma diária, não teve nenhuma falta - independente do Partido, ele é um
exemplo de ética política -; não se elegeu!
Então
essa forma de trabalhar não é observada pelo eleitor. Por que razão? Porque o
percentual de pessoas que acompanham a vida política e que fazem esse
julgamento é muito pequeno. E nós temos aquelas ondas: a onda da mulher, a onda
disso, a onda daquilo. O que mais me impressionou - eu digo que é o momento de
pegar as contas e ir para casa -, foi a eleição do Cururu. O Cururu fez 20 mil
votos! Nós, que já não somos jovens, que não temos a beleza para colocar, não
temos nenhum dote de humorismo também, e não somos vocalistas de nenhuma banda,
como ficamos? Quando assisti a um Deputado eleito, na televisão, parei para
olhar o que ele ia falar e ele começou a batucar - e se elegeu com isso!
Elegeu-se com isso, deixando um Jair Soares de lado. Aí nós olhamos o nosso
Vice-Governador, que trabalhou por todo o Rio Grande do Sul; o ex-Vereador
Antonio Hohlfeldt, outro exemplo de político gaúcho. Lembro que quando fui
Secretária Municipal da Educação, ele era o único Vereador do PT - e digo
sempre que foi o meu modelo de Vereador. Por quê? Porque era um Vereador que
trabalhava! O que ele me incomodava, fazendo todos os dias Pedidos de Providências,
Pedidos de Informações... Mas tudo isso fez com que eu crescesse e me
aprofundasse dentro da área que eu estava administrando. É imperdoável ter
ficado de fora o Antonio Hohlfeldt. O Vicente Bogo, outra pessoa que nós também
colocamos como exemplo, foi Vice-Governador, ficou de fora; o Fortunati, quatro
anos como Secretário da Educação; percorreu todo o Rio Grande do Sul,
trabalhou, é uma pessoa que não tem atrito com ninguém, é um exemplo de
político, que transita em todas as hastes partidárias; também não se elegeu. E
aí nós perguntamos: por que agora estamos numa encruzilhada? Porque esta
campanha foi monitorada pelas pesquisas! Nós precisamos iniciar uma marcha para
proibir a divulgação de pesquisa, porque ela tira completamente o ânimo dos
companheiros quando eles vão mal, e ela acomoda os que estão bem. É o exemplo
do nosso Governador Rigotto, que estava ponteando as pesquisas, e ficou
tranqüilo.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Neuza Canabarro, agradeço-lhe
pelo aparte, ao mesmo tempo em que eu quero corroborar com o seu
pronunciamento, porque eu já me preparei, inclusive em tempo de Comunicações,
para abordar o mesmo tema. É escandaloso, é indecente, é vergonhoso o que as
pesquisas fizeram e continuam a fazer em todas as eleições, induzindo as
pessoas de boa-fé a erro. Isso tem sido generalizado e tem que ser repudiado o
que a imprensa em geral tem feito e o que as pesquisas fazem em termos de
manipulação contra a sociedade. Não tem outro termo a não ser este. Obrigado,
Vereadora.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Eu
que agradeço pela colaboração. Realmente essas pesquisas não teriam validade,
porque para uma pesquisa científica se tem que ter, no mínimo, 30% de
amostragem. Aí elas começam a mostrar, elas vão induzindo as pessoas.
Ver.
Dr. Goulart, eu viajava com uma amiga advogada, que me disse o seguinte: “Sou
muito amiga do Valmir, mas não voto no Valmir para não perder o meu voto”. Eu
estou dando esse exemplo porque, no nível intelectual, superior, uma pessoa que
está no Direito acha que o voto tem que ser útil! Nós ficamos extremamente
desapontados, e, como Legisladores, devemos iniciar uma marcha para que se
proíba a divulgação de pesquisa. Agora, não é só a pesquisa; é o primeiro
grande poder, o da mídia, porque a mídia também vai direcionando: ela carimba
na testa quem pode se eleger e por quê; então, estes passam a ter mais espaço.
E quem tem espaço na mídia, elege-se. Eu sou uma pessoa que acorda às seis da
manhã e assisto à televisão - os jornais da manhã -, estou sempre ali
acompanhando e digo aqui com toda a sinceridade: nós conversávamos, eu e o
Bosco, quando vimos o candidato, o “homem do tempo”, que acertava às vezes,
errava outras - como quem diz: é do sexo masculino ou feminino o nenê que vai nascer,
só pode acertar 50% ou errar 50% -, mas ele terminava sempre com uma palhaçada.
E cada palhaçada que eu não engolia, não sei se não faz o meu estilo! E nós
perguntávamos de onde ele iria tirar votos? E realmente ele conseguiu fazer uma
grande votação.
O
Clodovil nem fez "santinho"! Então, qual é o nosso destino? O que
vamos fazer? Para nós que já passamos da faixa dos 50, qual é o caminho se
competência não vale? Ver. João Antonio Dib, o Prof. Paulo Sérgio Borja é
considerado um dos maiores professores de Direito Constitucional, que beleza de
contribuição ele daria numa Assembléia Legislativa! Quantos e quantos milhares
de alunos passaram por ele no Direito, e todos são unânimes em dizer que esse
homem é de um conhecimento, de uma sabedoria fantástica! E fazer 1.900 votos?!
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Pode
ser, Ver. João Bosco, mas o que eu digo é que nós precisamos fazer uma profunda
reflexão, sob pena de sermos surpreendidos na próxima eleição, porque aquela
onda vai e passa; é a onda deste, é a onda daquele, e termina. Mas, realmente,
esta eleição vai servir. Não é assim: cura as feridas; quem se elegeu, se
elegeu; não. Nós temos que fazer uma reflexão sobre que rumo está tomando, e o
que nós estamos contribuindo para que isso se perpetue. Muito obrigada.
(Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que refletindo a preocupação de V.
Exª e do conjunto dos Vereadores sobre a urgência que temos hoje de votarmos a
LDO, eu consulto V. Exª se é possível nós pedirmos a inversão da ordem dos
trabalhos. Eu gostaria que V. Exª consultasse a Diretoria Legislativa, a nossa
Diretora que está aí, porque temos uma dúvida sobre a possibilidade do quórum neste
momento, considerando que alguns Vereadores estão nos gabinetes, eu pergunto:
não havendo quórum, como é que regimentalmente se procede? Dá-se prosseguimento
à Sessão?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Sessão continua, e continua com o
Grande Expediente.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Então, Sr. Presidente, eu queria fazer a
seguinte sugestão: não havendo prejudicialidade no processo de andamento da
Sessão, eu solicito a inversão da ordem dos trabalhos para entrarmos na Ordem
do Dia, considerando não termos quorum, nós daremos continuidade, passando ao
próximo passo, que é o período de Comunicações. Se esta é a orientação
administrativa e técnica, eu encaminho este Requerimento a V. Exª.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Vamos proceder, então, agora, à votação
do Requerimento da Verª Clênia Maranhão.
Em
votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão. (Pausa.)
O
SR. NEREU D'AVILA (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, eu faço uma indagação a V. Exª, porque nós realmente precisamos
de 19 presentes para a Ordem do Dia, aí encerrar-se-á a Sessão caso não haja os
19 presentes, mas eu pergunto a V. Exª: aí não se poderia fazer uma Sessão
Extraordinária para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias?
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Também, Excelência.
O
SR. NEREU D'AVILA: A Lei
Orgânica nos obriga a votar hoje.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Sim.
O
SR. NEREU D'AVILA: Então
não podemos passar a tarde esperando pela presença dos Srs. Vereadores; com
todo respeito.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
É verdade.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: O
Ver. Comassetto está dando uma idéia melhor: fazer verificação de quórum. Se
houver 19, nós podemos votar o Requerimento da Vereadora; se não houver 19,
encerraram-se as atividades no dia de hoje, ou, se não houver 19, nós
continuaremos a Pauta.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Eu havia pensado em fazer a votação, Excelência, porque, neste momento, não
precisaria encerrar a Sessão.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Mas, se nós votarmos o Requerimento e não houver quórum, encerra-se a Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
E aí teremos que chamar uma Extraordinária.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Com a verificação de quórum, se houver menos de 19, nós podemos continuar a
Pauta.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
É verdade.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Aliás, seria importante que as pessoas chegassem cedo.
O
SR. IBSEN PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, na intenção de colaborar com a Mesa, eu lembraria que o
Plenário já acolheu o Parecer da Comissão de Justiça de que, quando as votações
indicarem falta de quórum, a Sessão só se encerra se for na Ordem do Dia.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Isso mesmo.
O
SR. IBSEN PINHEIRO: Como
não estamos na Ordem do Dia, a Sessão prossegue normalmente do ponto em que se
encontra.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, o Requerimento da Verª
Clênia Maranhão, solicitando inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Solicito
a abertura do painel eletrônico para a verificação de quórum para a entrada na
Ordem do Dia.
Havendo
quórum, passamos à
Em
votação a inversão da ordem dos Projetos a serem apreciados, iniciando pelo PLE
nº 031/06. (Pausa.) O Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
O
Ver. Aldacir Oliboni solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje.
(Obs.:
Foi apregoado o Requerimento de Licença do Ver. Aldacir Oliboni e dada posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, peço um minuto de silêncio pelo falecimento da Tia Regina, que foi
Presidente da Fidalgos por 12 anos e uma das mães do carnaval de Porto Alegre;
foi sepultada, hoje, às 11 horas.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Irmano-me
ao seu pedido, uma vez que tinha uma grande amizade com a Presidente da
Fidalgos; e também solicito que se agregue a este minuto de silêncio uma
homenagem ao nosso querido guarda recentemente falecido, Sr. Oliveira, nosso
guarda da Câmara Municipal.
Deferimos
o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 4348/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 031/06, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para 2007 e dá outras providências.Com
Emendas nos. 01 a 76 ao Projeto. Com Mensagem Retificativa. Com Emendas nos. 77
a 97 à Mensagem Retificativa.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto, da
Mensagem Retificativa e das Emendas nos. 01 a 09, 12, 14, 23, 25, 29, 36, 38,
42, 44, 48, 50 a 54, 57 a 74 e 97; e pela rejeição das Emendas
nos. 10, 11, 13, 15 a 22, 24, 26, 27, 28, 30
a 35, 37, 39, 40, 41, 43, 45, 46, 47, 49, 55, 56, 75 a 96.
Observações:
- quórum para aprovação:
maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53,
“caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 04-10-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 031/06. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
estamos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2007. Nós já
apontamos, nesta tribuna, que vários itens, uma página inteira, como a página
30, que veio a esta Casa, não sofreram a discussão e a aprovação do Conselho do
Orçamento Participativo, assim como uma série de outros elementos, de metas
colocadas nas Diretrizes, não tiveram a aprovação do OP, e, se olharmos os
anexos, há questões incompreensíveis, talvez até erros, em termos de
quilômetros de metas previstas. Mas eu chamo a atenção que o Governo Municipal
prevê, e uma das Emendas nossas extinguia esse artigo, o artigo 11 (Lê.) ”A
concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada dos documentos aludidos”
em tal, tal e tal, ou seja, a previsão de renúncia tributária aparece para o
ano que vem, com discussão não realizada com o Conselho do OP, estranhamente
proposta; depois, lá na página 11, Ver. Dib, uma renúncia de ISSQN sobre as
alíquotas do transporte coletivo, realizada através de linhas regulares de
ônibus de 2,5% para 2%, e realizada no triênio de 5% para 2%. Não há,
não houve uma explicação da base do Governo, não houve uma discussão no
Conselho do OP, no Comut, no Conselho de Transporte. Eu não tenho notícia que
se aprove assim, de forma gratuita, dentro de uma Lei de Diretrizes
Orçamentárias, uma redução, Ver. Zé Valdir, na alíquota do ISSQN de transporte.
Eu gostaria de entender em qual proposta, uma vez que está o Governo aqui com
uma proposta de ampliação de receita através da gratificação fazendária, uma
vez que o Governo e que os dados nos indicam que têm obras parando por falta de
dinheiro em caixa, porque tem quase uma paralisia nas obras do Orçamento
Participativo por falta de recursos; o DMLU não está pagando os seus contratos
por falta de recursos, e o Governo se propõem à renúncia fiscal, à redução de
alíquotas. E, no transporte, se estivesse vinculado a um barateamento de
passagem, se tivesse numa discussão com a sociedade através de uma demanda
social, se fosse o momento de debate com os donos das empresas na construção de
um novo cálculo para a passagem, mas não tem justificativa!
Não
tem o que se justifique, está previsto aqui, e é nessa lógica, de não ter um
projeto para a Cidade, que se vai criando benefícios aqui, e lá, e acolá, a
esmo; eu quase diria, Ver. Dib, irresponsavelmente.
Nós
propusemos que se excluísse esse art. 11, que prevê a renúncia de receitas, que
duvido que não pudesse fazê-lo através de um projeto de lei na Câmara, se fosse
o caso de em alguma área, de alguma intenção específica construída com a
sociedade, mas o Governo simplesmente rejeita e não traz a discussão aos
Vereadores de oposição. Lamento.
Tivemos
várias manifestações do Conselho do Orçamento Participativo, tivemos
manifestações na Cidade tanto no Programa Entrada da Cidade quanto no conjunto
habitacional Princesa Isabel de cidadãos dizendo que as obras estão
paralisando, ou estão aquém da demanda recebida. Em função disso, teremos uma
manifestação da comunidade do Moradas da Hípica, no dia 15, pelas obras do
Orçamento Participativo não realizadas. E, vejam, é PI 2005, nem são, na
verdade, obras, são adequações, serviços. E nem um sinal. Estamos no final de
2006.
Então,
há algum descompasso nessa política do Governo Municipal.
As
Diretrizes Orçamentárias não trazem alternativas para as dificuldades
financeiras da Prefeitura; elas trazem, pura e simplesmente - não vinculadas a
benefícios da Cidade - a renúncia fiscal.
Não
tem acordo para esse tipo de diretriz, Ver. Dib, e sem discussão nesta Casa,
sem compreensão, sem domínio desta Casa, das conseqüências disso. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu penso que
estamos votando a Lei de Diretrizes Orçamentárias e não estamos votando o
Orçamento e as leis tributárias que devem acompanhá-lo.
Portanto,
não há por que trazer ao conhecimento da Casa que vai haver renúncia de receita
sem dizer como será compensada.
Até
porque essa preocupação de 2,5% do ISSQN do transporte coletivo, com 2% que se
pretende fazer; mas só farão se a Casa aprovar.
Há
uma lei em vigor, de iniciativa Legislativa - e não Executiva -, que é a Lei do
Prodescol, que diz que os 2,5% de ISSQN cobrados do transporte coletivo devem
ser devolvidos às empresas no momento da renovação da frota. É lei, que não tem
sido aplicada, que não tem sido respeitada, e eu também, quando Prefeito, não
respeitei. Não devolvi esse dinheiro.
Então,
eu acho muito interessante. Nós estamos agora preocupados com o Orçamento
Participativo. Será que aquele Orçamento Participativo, que tinha obras ainda
de 1999, 2000, 2001 a serem realizadas - quase 600 obras para serem realizadas,
e o atual Prefeito realizou 200 dessas obras do passado -, será que é dele que
nós estamos falando? Será que o número de pessoas que hoje vão às assembléias
do Orçamento Participativo é menor do que antes? Eu acho que não. E são pessoas
que não são levadas pela Prefeitura em ônibus, são pessoas que podem falar com
liberdade. Não é como dizia o ex-Vereador Heriberto Back: “O Prefeito se
apresenta nas sessões do Orçamento Participativo, deixa falarem 10 pessoas,
podem até criticar, e depois, de forma imperial” - era a palavra que ele usava
-, “ele decide o que fazer”. Ele decidia, mas não fazia. Deixou para o Prefeito
que o sucedeu fazer 600 obras. Destas, 200 foram feitas. Talvez mais, nesta
altura. Eu tinha uma relação de 197; eu acho que tem mais.
Eu
acho que nós precisamos é definir as diretrizes orçamentárias. Nós não estamos
definindo o Orçamento, não estamos discutindo leis tributárias; nós estamos
definindo as linhas pelas quais será realizado o Orçamento para 2007. Não havia
necessidade de tantas emendas, foram quase uma centena.
O
Ver. Professor Garcia fez um excelente Parecer, e acho que nós temos condições
de votar as diretrizes orçamentárias. Nós não precisamos procurar compensação
agora, pois não há por quê. Não tem nenhuma lei dizendo como vai ser feito.
Agora, se o Prefeito vai fazer, ele vai mandar uma lei juntamente com a
proposta orçamentária, para que se possa fazer a análise e a discussão desta.
Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado
pelo esclarecimento. O Ver. Zé Valdir está com a palavra para discutir o PLE nº
031/06.
O
SR. ZÉ VALDIR: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, é muito oportuno o pronunciamento do Ver. João
Antonio Dib que fez uma relação da discussão da LDO com o Orçamento Participativo.
Eu digo que é muito oportuna essa relação que o Ver. João Antonio Dib fez,
porque as coisas realmente estão interligadas, Ver. João Antonio Dib, e isso
possibilita também trazer a esta Casa o meu depoimento pessoal como delegado do
Orçamento Participativo, eleito pela minha comunidade na Região Norte. O que
nós temos visto, Ver. João Antonio Dib, é exatamente o contrário do que tem
sido dito nesta Casa. E tenho ouvido pronunciamentos, inclusive de V. Exª,
dizendo que o Orçamento Participativo foi qualificado e que o processo de
participação em que se insere a discussão da LDO foi qualificado. Na verdade,
isso não acontece, Vereador, está acontecendo exatamente o contrário, o
processo de participação está sendo completamente desfigurado porque a própria
LDO, no ano passado, não foi discutida nas regiões devido ao argumento de que o
Governo estava iniciando, e, neste ano, não existe mais esse argumento e ela
não foi discutida! A LDO veio direto para esta Casa sem ter um espaço de
discussão nas regiões da Cidade e nas temáticas! O máximo que conseguimos,
depois de muita briga, foi fazer com que tivéssemos acesso a uma cópia daquilo
que já tinha sido entregue para a Câmara! Mas é esse o processo do Orçamento
Participativo?! Mas é essa a qualificação do Orçamento Participativo, Ver. João
Antonio Dib?!
Outra
questão: a discussão sobre Segurança, que é outra coisa que iniciamos, os
Conselhos de Segurança... Pois pasmem os senhores: reúne-se o Conselho de
Segurança da Zona Norte, e as autoridades todas - formaram uma mesa de 20
autoridades -, cada uma ia falando e indo embora, e, depois, o Secretário de
Segurança encerrou o assunto. E agora retiraram o Posto de Polícia, a 3ª
Companhia de Polícia, lá do Parque dos Mayas e o colocaram na Elizabeth, na
calada da noite, sem discutir com ninguém! Este é o processo de discussão! Essa
é a qualificação que estão fazendo no processo de participação em que a LDO
está inserida! A LDO não é discutida! Proibiram de discutir a LDO nas regiões
da Cidade! Proibiram de discutir! E, quando a gente cobra a discussão, as
autoridades ligadas à Prefeitura dizem que vão fazer a discussão no próximo
ano. E nessa história nós já estamos repetindo o mesmo processo falho há dois
anos! Talvez no último ano do Governo tenhamos realmente um processo de
discussão mais participativo.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Zé Valdir, aprecio
a inteligência de V. Exª; na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, V.
Exª discute a Segurança.
Mas
eu quero dizer a V. Exª que, antes de virem para a Casa do Povo de Porto
Alegre, as cópias da proposta da Prefeitura estiveram à disposição por muitos
dias - muitos dias!
Eu
não sou dos mais autorizados a falar sobre o Orçamento Participativo, porque,
quanto a ele, tenho algumas restrições. Eu faria as coisas de forma diferente,
mas a matéria esteve à disposição das entidades.
O
SR. ZÉ VALDIR: Mas, Ver.
João Antonio Dib, é uma questão de Português: “estar à disposição” não é
processo de participação! Não dá para confundir as coisas, senão a gente
estaria falando para as paredes! Porque nós falamos em processo de
participação, e o que é processo de participação? É nós termos direito! É os
delegados do Orçamento Participativo da região terem acesso à proposta do Governo
antecipadamente, discutirem essa proposta, poderem fazer Emenda à LDO,
encaminharem para o Governo, fazerem o contraditório com o Governo, fazerem
aquele processo de síntese com o Governo e, após essa síntese, mandarem o
Projeto para a Câmara, onde acontece a síntese final! A Câmara representa os
diversos segmentos da sociedade porto-alegrense, e é aqui que se faz a síntese
final! Esse é o processo de participação! Agora V. Exª confirma o que estou
dizendo: não há participação! O que existe é colocar à disposição! O que é
completamente diferente, Vereador! Colocar a proposta da LDO à disposição da
população de Porto Alegre é uma coisa, acho que até é importante, mas não é o
que nós estamos falando, Ver. João Antonio Dib! Isso não é processo de participação
popular! Isso não é o processo que estava instaurado, que estava acontecendo e
que acabou sendo completamente adulterado! Tão adulterado, Ver. João Antonio
Dib, que, com referência aos Telecentros que foram discutidos e debatidos no
Orçamento Participativo, escolheram inclusive as regiões para fazerem jus aos
Telecentros, mas foi só o atual Governo assumir, retirou isso do Orçamento
Participativo, e não se discute mais! Agora, estamos vendo os Telecentros
inclusive sem verba, fechando as portas sem verba, e ninguém consegue discutir
nada, porque essa discussão não passa por dentro do Orçamento Participativo,
como a LDO que estamos discutindo não passou, e, se depender do Governo, parece
que não vai passar nunca, porque na visão do Governo, aqui traduzida na sua
palavra, o processo de participação é simplesmente colocar alguma informação à
disposição da população! Só que para nós isso não é processo de participação.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06.
O
SR. ADELI SELL: Meu caro
Presidente, Dr. Goulart, meus colegas Vereadores e Vereadoras; meu grande Ver.
João Bosco Vaz, nós estamos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nós
queremos discutir, Ver. João Antonio Dib. É incrível, V. Exª tem feito o
debate, e nós queremos debater. Eu, por exemplo, sou daqueles Vereadores que
acha que é possível diminuir impostos. Não é unanimidade, a começar com a minha
Bancada, mas a minha Bancada sustentou, a sua também, outros Vereadores também,
aqui na Câmara, a diminuição de ISS, mas isso tem que ser discutido. No caso da
tecnologia de informação, nós discutimos por longos cinco anos. Pena que o Ver.
João Carlos Nedel não esteja aqui, mas ele foi quem mais acompanhou esse
processo aqui dentro da Câmara comigo. Nós conseguimos e hoje nós estamos
arrecadando mais do que arrecadávamos, quando cobrávamos 5%, Ver. João Dib. Mas
a diminuição de tributos tem de ser uma iniciativa legislativa, em
princípio, do Executivo. Apesar de que eu acho que pode ser também do
Legislativo, tanto que eu já propus modificações aqui que foram aprovadas, são
leis e estão funcionando. Eu aprovei uma aqui que fez uma equalização do ISS
dos meios de hospedagem. Havia um Vereador aqui - que não está presente hoje -
que dizia: “Vou entrar na Justiça com uma Adin, porque isso é um absurdo!”
Nunca entrou, e hoje a Prefeitura recolhe tanto de um flat quanto de um apart-hotel.
Eu
já discuti com a Secretaria da Fazenda do Município - estão aqui alguns dos
doutos funcionários dessa Secretaria -, que sabe que sou um aliado na discussão
de buscar recursos para a Prefeitura.
Há
setores, por exemplo, que não pagam e deveriam pagar. E, se pagam, pagam muito
mal!
Eu
quero ajudar, eu não me importo - com relação à platéia - se as galerias estão
cheias ou vazias, ou se aqui está a televisão. Eu acho que todos devem pagar, e
pagar dentro dos ditames do que é possível na economia de mercado.
Eu
acho, com referência à forma como está sendo introduzida esta questão - já
debati isso ontem -, que a Prefeitura erra na questão da apresentação do
Plurianual e da LDO; o pessoal já está cansado de saber da minha posição, e eu
não vou perturbar a vida de ninguém! Eu acho que nós temos que ter, primeiro,
uma legislação sobre isso. E é isso que eu quero discutir.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, eu
conheço bem a dedicação de V. Exª a esta Cidade. E, quando V. Exª fala em
reduzir impostos, eu acredito que tenha ressonância, tenha um coro
bastante grande, mas nós temos de fazer uma reforma tributária no País todo,
para que possa haver igualdade entre os Estados, Municípios e para que não
tenhamos de fazer a guerra fiscal.
Mas
nós estamos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e, na Lei de
Diretrizes Orçamentárias não há Projeto de Lei nenhum no sentido de alteração
tributária! Mas eu acolho, com satisfação, as palavras de V. Exª que está
sempre disposto a ajudar. É uma verdade.
O
SR. ADELI SELL: No caso
da tributação, não é como alguns falavam na televisão, dias atrás; eu quero ver
sustentar agora, eu vi alguns eleitos, inclusive, sustentar a diminuição de
impostos sem combater a sonegação. Há um que se elegeu aí, festejando o
fechamento do Posto Fiscal de Guaíba, o que é um escândalo. Porto Alegre é a
primeira prejudicada com essa barbaridade. Vou fazer oposição a esse cidadão.
Ver. Bosco, isso não pode voltar a acontecer. É um escândalo! A pirataria vinda
do Uruguai está entrando toda em Porto Alegre!
O
Sr. João Bosco Vaz: V.
Exª permite um aparte?
O
SR. ADELI SELL: Sim.
O
Sr. João Bosco Vaz: Eu
também fiquei impressionado com a plataforma desse candidato, dizendo: “Eu
consegui fechar o Posto de Fiscalização de Guaíba”, quando, na verdade, a gente
sabe que não precisa aumentar impostos; tem de cobrar de quem não paga.
O
SR. ADELI SELL: Cobrar
de quem não paga! E como o Porto de Montevidéu escancarado, tudo entra aqui sem
fiscalização. Porto Alegre está perdendo com isso.
Nós
vamos fazer um debate. Eu já vou solicitar, por ofício - está aqui o Ver. Dib,
que é da minha Comissão, assim como o Ver. Luiz Braz -, à Verª Maristela
Meneghetti, que é Presidente da Comissão à qual eu pertenço, a Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, para que a gente faça um debate
sobre isso. Eu quero trazer a Afocefe-Sindicato aqui para mostrar o prejuízo
que nós vamos ter.
Então,
nós estamos discutindo, aqui, um conjunto de questões. Não tem problema nenhum
em diminuir impostos; sou favorável, agora, vamos trancar, aqui, a bandalheira
que está entrando na Cidade!
Eu
quero me eleger, eu quero trabalhar pela legalidade, e não pela falcatrua!
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O
SR. ADELI SELL: Seja
para o que for, Ver. João Bosco Vaz. Sendo para ajudar, pode ser até para
síndico do edifício.
Nós
precisamos discutir essas questões e vamos discuti-las. Afinal de contas, eu
acho que, com esse debate, a Cidade está-se politizando.
Por
sinal, eu li, ontem, a coluna do jornalista Juremir Machado, no jornal Correio
do Povo, que se chama Previsões - precisamos politizar. É o que nós estamos
fazendo, aqui, ao discutirmos a LDO e a questão da arrecadação. Eu sou parceiro
da Secretaria da Fazenda para fazer a coisa certa! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezadas colegas Vereadoras e Vereadores, quero
cumprimentar o Secretário Municipal da Fazenda e fazer esta fala dirigida a
ele. Para isso, também gostaria de ter a atenção, Sr. Presidente, dos nossos
visitantes. (Pausa.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Senhores
visitantes, o Vereador deseja dirigir-se a V. Sªs
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Sr. Presidente; Secretário Tatsch, na discussão que fizemos
preliminarmente aqui, neste plenário, trouxemos um conjunto de discussões e
sugestões, não só ao Plano Plurianual, mas como à LDO. E eu quero aqui trazer,
novamente, a mesma discussão que trouxemos com um grau de franqueza e de
qualidade, no sentido de apontar aquilo que consideramos equívocos, e que
persistem até o momento.
O
primeiro equívoco foi mandar o Plano Plurianual junto com a LDO, no sentido de
não conseguirmos discernir a seqüência de um projeto e de outro, como
determinam as leis tributárias deste País. A segunda questão é que fizemos aqui
um conjunto de discussões, Ver. Ibsen Pinheiro, apontando falhas, e foi aberto
o processo pela CEFOR para que os Vereadores pudessem enviar emendas. Enviamos
um conjunto de emendas, Ver. João Antonio Dib, e o Executivo Municipal manda
uma Mensagem Retificativa fazendo o quê? Pegando as Emendas que os Vereadores,
principalmente os de oposição, Sr. Tatsch, enviaram, as copiou na íntegra e
colocou na Mensagem Retificativa. Eu acho que isso, primeiro, é um desrespeito
com o trabalho deste Legislativo. Quero lhe dizer, Secretário, que não concordo
com essa prática de gestão administrativa.
Vim
a esta tribuna, Sr. Presidente, para dizer que existia um conjunto de
problemas, e qual é o nosso papel? Corrigir esse conjunto de problemas, e assim
o fizemos. Dois ou três dias após fazermos isso, quando a base do Governo leu
todas as medidas, pegou essas medidas, “botou embaixo do braço”, e o Executivo
mandou a Mensagem Retificativa, desautorizando o trabalho deste Legislativo.
Não podemos concordar com essa prática; a prática que queremos ter é de
qualidade e de respeito.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, eu
receberia como um elogio, como um reconhecimento do meu trabalho se o Executivo
subscrevesse as alterações que eu tivesse proposto da tribuna. Se o Executivo
reconheceu que as colocações de V. Exª e de seus Pares do Partido dos Trabalhadores
eram corretas, eu acho que o Executivo deve ser aplaudido, como também V. Exas.
que fizeram as proposições. Não há por que fazer crítica.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
João Antonio Dib, V. Exª teria razão se isso fosse atendido quando viemos aqui
para a tribuna e dissemos, alto e bom som, o que estava errado e equivocado.
Mas não foi feito assim. Foi pedido para que todos os Vereadores construíssem
as suas Emendas. Após a construção das Emendas, após a CEFOR analisar as
Emendas, o Executivo manda a Mensagem Retificativa incorporando aquelas Emendas
que nós construímos. Bem, só um pouquinho! Então eu quero que o Executivo venha
aqui e diga que isso foi contribuição, sim, do Legislativo e dos Vereadores, e
isso não está sendo feito, isso é um desrespeito com o nosso trabalho.
A
segunda questão colocada - e aí eu quero me dirigir ao Presidente da Câmara,
como condutor desta Casa Legislativa e representante de todos nós - no art. 4º,
diz que a alocação dos recursos obedecerá a uma nova configuração orçamentária.
No seu § 1º, diz que os programas de Governo, aludidos no caput desse
artigo, serão os seguintes, aí começa: receita, saúde, etc. e Câmara Municipal
de Porto Alegre. Nós não podemos aceitar, e o Governo não corrigiu isso aqui: a
Câmara Municipal não é um programa de Governo, a Câmara Municipal é um Poder
autônomo, que se chama Legislativo.
Portanto,
Verª Clênia, V. Exª que é Líder do Governo e também defensora deste
Legislativo, nós não podemos continuar tendo a Câmara de Vereadores sendo colocada
no art. 4º, § 1º, como um dos programas de Governo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. Para tranqüilizá-lo, Ver. Carlos Comassetto, já temos uma Emenda
retirando a Câmara como Programa de Governo. Votaremos isso oportunamente.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Minha
saudação Presidente, Ver. Dr. Goulart; Vereadores e Vereadoras, público
presente e assistência do Canal 16; Ver. Zé Valdir, meu colega, retornando a
esta Casa durante esta semana, eu vim para falar justamente do que é o discurso
e o que se configura a prática real dos governantes.
Não
pode ser mero descuido, Ver. Zé Valdir, colocar a Câmara de Vereadores como um
programa de Governo. Não pode ser só um ato falho! O Governo, agora, vem e diz
que fez uma Emenda Retificativa, retirando. Mas fez! Imaginem se fosse o
Governo da Frente Popular que tivesse feito isso. E este Legislativo tem de ter
a preservação da sua dignidade. É inaceitável que aconteça uma coisa dessas e
que seja entendido como um mero deslize ou um mero acidente. Este é o Poder
popular da cidade de Porto Alegre, onde está representada a totalidade da
população através da proporcionalidade.
Eu
não sei se vale a pena criticar o Executivo, porque, em regra, o que tem vindo,
depois não é cumprido. Quando não vem tudo errado! As coisas são feitas,
aprovadas e depois alteradas ao bel prazer do Poder Executivo, na mais total e
absoluta falta de respeito, Ver. Zé Valdir, ao Legislativo! Imagina se
ocorresse isso em outros tempos, o que estariam dizendo?
O
Sr. Zé Valdir: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, V. Exª toca num ponto
crucial: imagine se fosse no Governo do PT, os postes caindo e matando as
crianças; os postos fechados; os telecentros sem receber recurso; e projetos,
como a LDO, vindo para esta Casa e, sistematicamente, em seguida, vêm uma
Mensagem Retificativa. A Câmara, inclusive, já está se acostumando às Mensagens
Retificativas, já está até aguardando, já se cria uma expectativa que, atrás de
um projeto do Executivo, vem sempre uma Mensagem Retificativa, que é exatamente
o oposto daquilo que alguns Vereadores se apressam em dizer: que são os
melhores projetos do mundo, são os melhores orçamentos do mundo! Só que, em
seguida, o próprio Governo desmente o discurso, tendo que mandar Mensagens
Retificativas, tendo que incorporar, inclusive, muitas proposições da oposição,
como salientou o Ver. Comassetto há pouco. Imagina se fosse no Governo do PT!
Seria incompetente - daí para cima.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado,
Ver. Zé Valdir. Ficaria satisfeito se a Cidade fosse limpa. Nem mais limpar a
Cidade estão limpando. Os postos de saúde - falei ontem - não têm remédio; o
número de médicos está diminuindo cada vez mais e a organização das finanças do
Município está uma bagunça total. Não é por acaso que a 3ª Perimetral anda a
passo de lesma.
Ver.
Ervino, veja a obra da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, por exemplo. Ver.
Brasinha, Ver. Mauro que são da região, não é verdade? Ver. Dib, o maior
exemplo e a assinatura de incompetência governamental estão ali. Abriram cinco
quilômetros de cancha e deixaram tudo abandonado. O comércio está quebrando, a
insegurança nunca foi tão grande. Não é verdade, Ver. Brasinha, V. Exª que é
comerciante dali?
O
Sr. Mauro Pinheiro: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, é realmente
uma vergonha a Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Eu já fui procurado várias
vezes pelos comerciantes dali, inclusive tem um mercado da região que está
passando a maior dificuldade, e a obra está parada, não anda. Botam dois, três,
lá, para dizer que está em obra. É uma verdadeira vergonha a Baltazar de
Oliveira Garcia, assim como o resto do Governo, como a gente tem visto:
saúde...
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Sujeira...
O
Sr. Mauro Pinheiro: Telecentros,
a sujeira na Cidade... E a Baltazar é uma vergonha! Uma Avenida como a Baltazar
está parada, trancada, todo fluxo parado e o comércio quebrando. Muito
obrigado, Vereador.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Uma
incompetência financeira e uma incompetência administrativa total na execução
do programa de obras.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Todeschini, realmente
eu disse que a obra da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, como engenharia, foi
muito mal programada. Mas não é culpa da Prefeitura, tem mais gente culpada. Só
que nós estamos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e a Baltazar não
está na Lei de Diretrizes Orçamentárias!
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Mas
as finanças do Município estão, e a obra não anda, além da incompetência
gerencial de obras, pela incompetência financeira e administrativa do
Município. Esse é o problema, e é isso que está em debate. E as pessoas não
devem estar pagando a conta por causa dessa falta de Governo que estão
sofrendo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, chega a beirar o ridículo a Bancada do Partido dos
Trabalhadores quando vem nesta tribuna, aqui, e fala sobre incompetência e
atraso de obras. Meu Deus do céu, o que se fez nesta Cidade, de incompetência,
como a lixeira da extrema, o que se fez nesta Cidade de atraso de obras, como
essa 3ª Perimetral! Só o viaduto Jaime Caetano Braun atrasou em seis meses, e o
comércio reclamava e fazia de tudo. Agora, tem um problema na Av. Baltazar de
Oliveira Garcia, sim, mas não é incompetência da Prefeitura, Vereador; é
equivoco de Vossa Excelência.
V.
Exª veio aqui discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas fez uma
metralhadora giratória que deixou todo mundo constrangido em aceitar uma
crítica que começa pela questão da Câmara Municipal. Ora, V. Exª teve um
Prefeito aqui, que, por sinal, até pé-frio era, foi para a França dar
entrevista dizendo que tinha que fechar o Parlamento. Ele disso isso: que tinha
que fechar este Parlamento, e era candidato a Deputado. Então, esse ódio pelo
Parlamento... Um Prefeito que tinha uma péssima relação com o Parlamento!
O
Partido dos Trabalhadores chega a falar em questões parlamentares... Um dos
Partidos mais autoritários da história desta Cidade, que fez o que quis com o
Orçamento Participativo, que alugava ônibus para levar gente para votar,
conforme o interesse dos próprios administradores da Cidade, que desmoralizou o
próprio Orçamento Participativo não atendendo mais de 45% das suas obras - que
não foram feitas.
Ora,
por favor, se há alguém que perde a autoridade no falar... Inclusive há
documentos e trabalhos científicos rigorosos feitos pelo Deputado Berfran
Rosado, com publicação, inclusive em toda mídia, sobre a barbaridade feita com
o Orçamento Participativo. Ora, agora eles vêm com autoridade para falar,
quando, no seu Governo... Inclusive eu solicitei uma CPI da Saúde, porque uma
das maiores vergonhas que houve nesta Cidade foi a questão dos postos de saúde,
foi a questão das emergências, a questão do Pronto Socorro Municipal, a
demissão de vários Secretários da Saúde, por incompetência. Ora, V. Exª vem
falar em incompetência aqui? A esta hora? Por favor! Todos aqui sabem muito bem
da história do Partido dos Trabalhadores! Ora, quem não olha para a sua cauda
própria! Por favor! Ora! Acusar de incompetência um Poder Executivo que tem,
pelo menos, uma grande consideração com o Poder Legislativo... A Câmara estava
incluída no Programa das Diretrizes Orçamentárias, só que a Bancada do Partido
dos Trabalhadores, de uma forma muito eufemística, veio para cá falar - eles
vão ter que ver o que é “eufemismo” - sobre a incompetência do Executivo. Por
favor! Por falar em incompetência, a quantidade de trapalhadas feitas por um
dos governos mais trapalhões da história desta Cidade! Ora, por favor! É digno
sim, inclusive, de muitos momentos ridículos da Prefeitura. Ora, por favor!
Agora vêm ter essa... Com que autoridade chegam a vir a este microfone e fazem
esse tipo de crítica, quando, na verdade, cometeram erros grosseiros contra os
interesses da Cidade? Por isso e pela sua arrogância, achando que estavam bem,
eles foram “demitidos” pelo voto popular. Isso, graças a Deus, aconteceu, e,
para a nossa felicidade, para a felicidade de toda a Cidade: PT nunca mais!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 031/06, por
cedência de tempo do Ver. Mauro Pinheiro.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, doutor e médico, Dr. Goulart; prezados colegas Vereadores e
Vereadoras, quero cumprimentar o Vereador, também médico, que me antecedeu aqui
na tribuna, para poder fazer alguns contrapontos da sua fala que, sob o nosso
ponto de vista, foi uma fala totalmente destemperada sobre a discussão
política. E queremos dizer, primeiro - Dr. Goulart, ontem, nós votamos aqui uma
Emenda no Plano Plurianual, e V. Exª veio a esta tribuna, como médico, defender
que nós deveríamos, a cada ano - a cada ano - propor a construção de um novo
posto 24 horas em cada região de Porto Alegre. Pois o Ver. Sebenelo, que é
médico, votou contra essa Emenda, ontem - isso tem que ficar registrado nos
Anais desta Casa. (Palmas.) Temos que registrar isso, assim como a base do
Governo votou contra.
A
segunda questão - por falar de Saúde, nós podemos analisar, sim, e gostaria de
dizer que os programas que aqui estão colocados... O Plano Plurianual que nós
aprovamos no ano passado não está sendo cumprido pela atual Gestão. E aqui está
o relatório do Conselho Municipal da Saúde que rejeitou as contas de abril,
maio e junho que foram apreciadas em reunião do Conselho Municipal de Saúde. A
Gestão da Prefeitura de Porto Alegre, na área de Saúde, está cada vez pior, e
conseguiu um feito inédito. Essas palavras não são minhas; são da Ata do
Conselho Municipal da Saúde, Ver. Nereu D’Avila.
Portanto,
é a sociedade que está falando, é a sociedade que está dizendo, e nós, aqui,
temos que refletir, sim, sobre o que a sociedade diz. E quando nós vimos a esta
tribuna para trazer as contradições, bom, é para que elas sejam esclarecidas e
para que sejam ditas quais são as posições que um Partido, ou um Vereador, ou
um campo defendem.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, agradeço pelo
aparte, e é só para lhe dizer que a Secretaria já vai fazer, uma vez por ano,
agora, um posto, e o Ver. Carrion, de uma forma muito rápida - ele é um
Vereador rápido - quis se adonar de uma idéia que já está sendo posta em
prática. E por isso, toda a situação votou contra. Não fui eu, foi toda a
situação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
V. Exª também. Muito obrigado.
O
Sr. Claudio Sebenelo:
Mas é evidente que eu também, porque já está feito. Não tem por que fazer uma
lei que...
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Senhores, obrigado.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Muito obrigado. Quero dizer que, se esta Casa tem o papel de legislar, e se
existe uma idéia etérea, ou seja, que está no ar, que não está concretizada,
esta Casa tem a obrigação, principalmente neste momento em que estamos
discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, de trazer esses temas e
incorporar para que essas diretrizes sejam eficazes, para que elas se concluam.
E eu falo também para vários Conselheiros que aqui estão presentes, tanto do
Conselho da Saúde como do da Criança e do Adolescente. O Sérgio, que aqui está
participando conosco desta discussão, sabe qual é o problema que há nas bases
das Regiões de Porto Alegre quanto à Saúde e quanto à criança e ao adolescente.
Quero
dizer mais, Ver. Sebenelo: o Município não apresentou na sua Lei de Diretrizes
Orçamentárias o pronto-socorro da Zona Sul; nós aprovamos no ano passado uma
medida para transformar o Hospital Parque Belém num pronto-socorro da Zona Sul.
Esta Emenda foi apresentada por nós e aprovada pela Relatoria. Eu já peço aqui,
neste momento, que toda a Casa vote a favor desta Emenda, que é o
pronto-socorro da Zona Sul no Hospital Parque Belém. Isto é uma diretriz, isto
é uma idéia, isto é uma proposta que nós, em conjunto, temos que apresentar.
O
Sr. João Bosco Vaz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para lembrar, Sr.
Vereador, que o PT esteve 16 anos no Governo, e não fez o pronto-socorro na
Zona Sul. Agora vem com esse discurso fácil, aí; com todo o respeito que eu
tenho por Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Ver. João Bosco, V. Exª estava aqui nas Legislaturas anteriores. V. Exª poderia
ter cobrado. Meu papel aqui, como Legislador, é ser propositivo, é construir
aquilo que a Cidade precisa. Portanto, no ano passado...
O
Sr. Claudio Sebenelo: É
uma Emenda que V. Exª sabe que é deste Vereador.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Claro. No ano passado, sim, mas, neste ano, ela não voltou, não veio para dar
seqüência ao trabalho. Queria lhe comunicar isso, que nós apresentamos
novamente...
O
Sr. Claudio Sebenelo: Apenas
por uma questão de delicadeza, se não tem, esta Emenda poderia ficar por conta
de quem apresentou no ano passado, por uma questão ética, só. Adonar-se disso
aí... Nós já conhecemos esse tipo de estratégia.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Ver. Sebenelo, não é uma questão de antiética, é uma questão de capacidade de
leitura e de trabalho. Se V. Exª não conseguiu ver que este Projeto estava
falho, por que não os 36 Vereadores analisarem as falhas e apontá-las? Este é o
nosso papel. Não tem problema, a autoria não é de um ou outro Vereador. No ano
passado, é verdadeiro, foi o Ver. Sebenelo, juntamente com outros, e, neste
ano, podemos reportar da mesma maneira, sem nenhum problema. Só quero dizer que
a nossa intenção é corrigir as falhas que são apresentadas neste documento, que
é um documento legal. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, eu pediria uma atitude da Mesa em relação a esse tipo de problema,
porque, no ano passado, foi feita uma Emenda por este Vereador, no Plano
Plurianual, para transformar o Hospital Parque Belém em pronto-socorro da Zona
Sul. Foi alegremente festejada esta idéia, e, agora, novamente um outro
Vereador faz exatamente a mesma coisa num Plano que já existe, uma Emenda que
já foi feita e aprovada por esta Casa. Nós pediríamos uma providência da Mesa
em relação a essa dualidade e a essa rapidez de procedimentos.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Explico,
Excelência. É que há um fato novo: não existia esse procedimento inscrito na LDO,
agora existe. Obrigado.
Em
votação o PLE nº 031/06. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 031/06.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu
fico surpresa com que o Ver. Sebenelo, tão aplicado em defender o Governo, em
vez de fazê-lo na forma de emendas a essa tristeza que é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que não aponta futuro para a situação caótica da Prefeitura,
fica fazendo falas que desqualificam gestões anteriores sem base nenhuma, Ver.
Sebenelo. Eu lamento profundamente, porque acho que o debate tem de ser feito
em cima de argumentos e fatos.
E
nós temos fatos gravíssimos mesmo: o Conselho de Saúde reprovou o Relatório da
Saúde, e já não é o primeiro trimestre em que o Conselho levanta uma série de
questões; no ano passado, houve o aumento dos índices de mortalidade infantil
em Porto Alegre, Ver. Sebenelo, isto é um dado gravíssimo; e houve uma
diminuição na coleta do exame citopatológico, procedimento de prevenção ao
câncer de útero das mulheres, que é um exame barato.
Há
um descontrole de gestão na Saúde desta Cidade; há uma queda de qualidade no
atendimento; há redução de pessoal, redução de agendamento nos postos de saúde;
em alguns não há sequer agendamento, porque o grupo é tão pequeno, já tão
desguarnecido, que mal-e-mal consegue atender os casos que chegam no dia.
Cresce
a mortalidade infantil em Porto Alegre, conforme o boletim do Sindicato dos
Enfermeiros. O Conselho está alertando isso desde o ano passado. Há o problema
de aumento de mosquitos possíveis transmissores da dengue; uma série de
problemas com os remédios para doenças especiais, que não estão sendo
fornecidos. É grave a situação, é muito grave. Muito mais grave do que qualquer
elemento que possa trazer sobre problemas que existiam, sim, anteriormente.
E,
sim, a Cidade está um lixo. Aproveito que estão aqui os Secretários, o da
Fazenda está aqui. Eu não acredito que seja um problema de Orçamento: é um
problema de gestão, é um problema muito sério de gestão da limpeza urbana nesta
Cidade. Eu estive com o Ver. Beto Moesch ontem, levei-o a visitar a Zona Norte,
Timbaúva, Recanto do Sabiá; e ele viu, constatou a ausência do trabalho
ambiental do DMLU, a ausência do recolhimento do lixo, a proliferação
exacerbada de lixões abertos em cima de uma área de preservação ambiental, que
está-se degradando; a inexistência, o fim do programa que existia entre Viamão,
Alvorada e Porto Alegre, Ver. Nereu, que buscava recuperar o arroio Feijó. Simplesmente
parou esse programa no início do ano passado, e o arroio está com um
assoreamento brutal ali na Zona Norte da Cidade, poluído, com acúmulo de lixo,
sem nenhum trabalho ambiental! É muito sério, eu já mostrei isso aqui na
tribuna e as pessoas me falam.
Houve
um artigo no jornal, anteontem, a respeito do Centro, triste Centro da cidade
de Porto Alegre; não era de um petista, e dizia que a Cidade está suja,
inclusive o Centro está sujo; a Vila Cosme e Galvão, nós poderíamos fazer um
rol aqui. Aviso: nós vamos fazer, em novembro o PT vai estar na rua, novamente,
no Largo Glênio Peres, com fotos desta Cidade, mostrando os serviços desta
Cidade como estão.
E
a Lei de Diretrizes Orçamentárias não traz alternativas para isso, ao
contrário, ela traz redução de recursos, ela traz gratuita redução de alíquota
para os ônibus desta Cidade. Vou repetir, quero ouvir a explicação do
Secretário Tatsch, que respeito: há uma gratuita, solta, desarticulada redução
de alíquota de ISSQN para o transporte. Não está nem vinculada à redução de
passagem. Essa é a notícia que nós vamos tentar dar, da votação desta Lei de
Diretrizes Orçamentárias de hoje.
O
Ver. Dib diz que nós estamos votando diretriz e não Orçamento; olha, há uma
página inteira, está especificado no Projeto enviado a esta Casa, na Mensagem
Retificativa está mantida a redução da alíquota. Eu quero saber se esta Casa
vai aprovar, em nome do quê, Ver. Dib? Eu quero ouvir a sua posição, que tão
bravamente defende este Governo. A pura e simples redução da alíquota do ISSQN
do ônibus desta Cidade, se não é num momento de negociação da tarifa, se não é
num momento de favorecer a população; até, neste momento, avaliaríamos, porque
isso vai dar diminuição de recursos para a Prefeitura, que está “mal das
pernas”. E isso é uma política autofágica. Não é um problema do Governo, é um
problema que a Cidade vai sofrer ainda mais.
Está
lá o Prefeito, em Washington, buscando recursos; estão as obras paralisando; e
nós temos Diretrizes Orçamentárias que reduzem recursos, que não indicam e que
não aceitam ampliação de convênios e trabalho na área social. O que quer este
Governo? Simplesmente desmontar?
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereadora. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação
do PLE nº 031/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. e Vereadores, é tão difícil
construir o simples que ninguém mudou o “Parabéns a Você”. O Prefeito José
Fogaça mandou todo este processo aqui e apenas um parágrafo diz assim:
“encaminho a V. Exª, Sr. Presidente, e aos seus nobres Pares o incluso Projeto
de Lei de Diretrizes Orçamentárias que orientará a elaboração do Orçamento para
o exercício de 2007, conforme determinam a Constituição Federal, a Lei Orgânica
Municipal e a Lei Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000”. Há vários anos,
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, a mensagem do Prefeito é esta aqui; só
não tinha antes a Lei Complementar nº 101, que é a querida e maravilhosa Lei de
Responsabilidade Fiscal. Tudo que um Vereador tem de fazer é fiscalizar. Não
fazer 97 Emendas, quando o Executivo manda uma proposta para elaborar o
Orçamento para o ano seguinte. Eu acho que se eu perguntasse para os
Vereadores, que usaram por tanto tempo a tribuna, se sabem quanto é que entrou
de ICMS na Prefeitura até o dia 30 ou 31 de agosto, eles não sabem. Quanto
entrou de IPTU? Não sabem. Quanto entrou de ISSQN? Não sabem. Quanto entrou da
Lei Kandir ou não entrou? Não sabem. Como é que querem fiscalizar? Só querem
fazer discurso em cima daquilo que é simples. A Lei vai dar as diretrizes.
Quando ele mandar o Orçamento nós vamos olhar as Leis Tributárias que ele
mandar. Se não mandar a Lei Tributária com o Orçamento, não tem alteração.
Então, nós ficamos discutindo, perdendo tempo de dar uma solução eficiente para
outros problemas. Quem é que sabe quanto é que a Prefeitura gastou com o
pessoal? E não tem nenhum mistério: eu tenho, aqui, na mão. Saiu no Diário
Oficial, eu não inventei; é só olhar o Diário Oficial, compilar, somar e nós
ficamos sabendo o que está acontecendo. É isso que nós temos de fazer, e não
ficar aqui discutindo a Baltazar de Oliveira Garcia, o Viaduto não-sei-que...
Não. Não é isso aí. Nós temos de dar as condições para que o Prefeito faça uma
boa Lei Orçamentária e temos que fiscalizá-la. Não é emendar, emendar, emendar!
Noventa e sete Emendas? Até, neste ano, eu tenho que elogiar os Vereadores,
pois no ano passado havia 300 Emendas. Melhorou muito.
Então,
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, acho que temos é
de aprovar o Projeto com a Mensagem Retificativa. Está tudo dentro da lei, nada
fora da lei.
Vamos
aprovar, e vamos deixar o Prefeito fazer o seu trabalho, mas vamos fiscalizar
com todo o rigorismo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Encerrados
os encaminhamentos.
Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLE nº 031/06, com a
Mensagem Retificativa e as Emendas com o Parecer favorável da CEFOR e
não-destacadas, quais sejam: Emendas nº 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 12,
14, 23, 25, 29, 36, 38, 42, 44, 48, 50, 51, 52, 53, 54, 57, 58, 59, 60, 61, 62,
63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, e 97. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO o PLE nº 031/06, com a Mensagem Retificativa e as
Emendas não-destacadas, por 20 votos SIM, 06 votos NÃO.
Declaração
de Voto firmada pela Verª Líder do PT, Sofia Cavedon.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: (Lê.)
“Declaração
de Voto
A
Bancada do Partido dos Trabalhadores votou NÃO ao Projeto da LDO, pelo método
irregular em que foi apresentado o Plurianual e a própria LDO.”
Seguem
as assinaturas de todos os Vereadores da Bancada.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Votaremos
agora as Emendas destacadas.
Em
votação a Emenda nº 11 ao PLE nº 031/06, de autoria da Verª Maria Celeste,
destacada pelos Vereadores Raul Carrion, Sofia Cavedon e outros.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, apenas estamos usando esta tribuna
para mostrar como foi tratada a questão da LDO e do Plurianual aqui. A Emenda,
na verdade, foi contemplada na Mensagem Retificativa; o problema está no
método, por isso a nossa Declaração de Voto, porque aqui sistematicamente se
faz isso nesses dois anos: apresenta-se uma mixórdia mal-escrita,
mal-elaborada, cheia de erros; nós, que somos da oposição e somos atentos,
mostramos os equívocos; lá vem a primeira Mensagem Retificativa! São feitas algumas
mudanças, contemplando pelo menos as grandes barbaridades para não ficarem
visíveis, só que a autoria, o direito autoral somos sempre nós quem perdemos.
Que
Governo nós queremos, que democracia estamos construindo em que a oposição não
pode ter opinião, não pode parecer que foi ela que lutou e batalhou para
conseguir alguma coisa? Esse é um método equivocado e ditatorial, é um método
que não é compatível com a democracia, é o autoritarismo que está vingando em
todas essas questões. São nas pequenas questões que a gente vê o comportamento
da autoridade.
Então,
nós, que formamos a Bancada da Oposição, não podemos aceitar esse negócio. Nós
temos que vir aqui e explicar para a população como se fez. Primeiramente, não
se contemplou; nós lutamos para contemplar, mas como não podia dar autoria para
nós, além de não nos dar o direito autoral, apresentam como se fosse deles o
mérito. Isso é democracia? É assim que tem que funcionar o Parlamento, em que o
Executivo não respeita o Legislativo?
Os
senhores e as senhoras da Bancada de situação achincalhavam o PT, na gestão
passada, dizendo que o Executivo era intolerante, invadia o plenário, impunha
questões e que não deixava aparecer a marca do Legislativo. Havia, sim,
problemas. Mas os senhores estão fazendo quinhentas vezes pior - se isso fosse
verdadeiro.
As
coisas que eu achava que eram atropeladas, que não eram corretas, eu dizia, na
gestão passada. Eu nunca me calei, nunca tive duas palavras na situação, e, na
oposição, muito menos duas caras. Mas isso que hoje está acontecendo, os
senhores vão ouvir, as senhoras vão ouvir. É o direito que nos temos, que eu
tenho como Vereador; é o direito de querer as crianças atendidas. Não basta
colocar no papel, porque vai fazer um ano, Ver. João Dib, que a Creche da Castelo
está fechada, afora os outros problemas. Este eu vivenciei como presidente da
Comissão; e se aquele prédio está pronto, foi graças a nossa mobilização - a
Verª Sofia, o Ver. Melo, a Verª Manuela e a Verª Neuza Canabarro são provas
disso. Estiveram quantas vezes conosco lá na Castelo! Mas não adianta colocar
isso no papel, é preciso fazer, é preciso realizar! E o pior de tudo é o
seguinte: vocês estão burlando inclusive a Lei nº 9.510, que é a Lei dos
Direitos Autorais. Vocês estão nos roubando o nosso Direito Autoral. É uma
vergonha!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra encaminhar a votação da Emenda nº
11, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, todos nós juramos
cumprir a Lei Orgânica quando assumimos a Câmara Municipal, e no seu art. 2º a
Lei Orgânica diz que Executivo e Legislativo são dois Poderes independentes e
harmônicos. E eu não vejo, depois da fala do Ver. Adeli Sell, onde está o
desrespeito do Executivo para com o Legislativo. E todo Legislativo sabe que
essa voz aqui é muito forte quando há a possibilidade de interferência do
Executivo no Legislativo. Eu não aceito, não aceitei nunca e não vou aceitar
nunca! Agora, disse o Ver. Adeli Sell: “Como Bancada de oposição não podemos
aceitar esse negócio”. Esse “negócio” é a Lei de Diretrizes Orçamentárias! Ora,
se não aceitaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a lógica manda dizer que
não tem por que destacar nada, eles não aceitaram a Lei! Mas, por que destacar
se não aceitam a Lei? Seria muito mais inteligente, muito mais ético, muito
mais correto dizer “não votaremos, vamos-nos abster de votar, porque nós não
concordamos com a Lei”. Agora, não concordam com a Lei e querem mudá-la? Eu
acho difícil, mas, de qualquer forma, há, sem dúvida nenhuma, o direito de
reclamar, o direito de procrastinar, porque é isso o que nós estamos fazendo.
Essa Lei já deveria estar votada e já deveria estar lá no Executivo, mas nós
vamos procrastinando.
Portanto,
eu apelo ao bom-senso. Se não aceitamos a Lei, não devemos emendá-la. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
11, destacada, ao PLE nº 031/06.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou explicar ao
Ver. João Antonio Dib, que tanto prezo, por que destacamos. Destacamos porque
achamos que o Projeto Vou à Escola tem que atender oito mil crianças. Eu vou
repetir, Ver. João Dib, o Projeto Vou à Escola precisa atender oito mil
crianças desta Cidade, porque - Verª Neuza, que é da Educação, e Ver. Adeli,
que tocou a CECE -, nós fomos visitar a Vila Esperança, no ano passado, com a
CECE, e quantas crianças não estão indo à escola ou passam humilhadas por baixo
da roleta porque este Projeto, Verª Clênia, está burocratizado. A entrega das
carteirinhas das crianças demora meses no início do ano. Muitas crianças
continuam sem ônibus, ele não avançou para resolver o problema do transportes
das crianças do Ensino Fundamental nesta Cidade.
Se
a Verª Maria Celeste colocou aqui, é porque conhece essa área, essa caminhada.
Nós temos acompanhado, eu tenho acompanhado: são inúmeras as queixas! As
crianças estão deixando de ir para a escola, por distância, porque não têm
acesso à carteirinha do Projeto Vou à Escola.
E
eu, sinceramente, pergunto ao Governo, que está aqui dando redução de alíquota
de ISSQN às empresas de transporte: o que é que negociaram para financiar a ida
das crianças na escola, neste ano que passou, com essas mesmas empresas? Se
chegassem aqui para nós, para a oposição, e dissessem: “Nós vamos reduzir a
alíquota,” - como acabaram de indicar que vão reduzir, Ver. João Antonio Dib -
“mas vamos ampliar de seis para oito mil as crianças que vão de ônibus para a
escola, para que ninguém deixe de ir para a escola”. Mas, não! Não! O Governo
faz uma benesse para as empresas de ônibus e não tem nada em troca para a
sociedade!
Não,
Ver. João Antônio Dib, qual é o benefício para a sociedade essa redução da
alíquota do ISSQN para as empresas de transporte desta Cidade? Se foi reduzido
o Projeto Vou à Escola, se este Projeto não está levando nem as crianças do
Ensino Fundamental, que é obrigatório, nessas escolas que estão longe em que
elas estão indo a pé e depois elas desistem, e não vão em dia de chuva e não
vão porque são pequenas. É essa a idéia da Emenda. A Emenda é exeqüível, é
possível, porque isso é “construível” com as empresas de transporte. Nós já
demos sugestões, se subtrair um dia do Passe Livre, já viabiliza grande parte
desses transportes, é só ter prioridade. Não consigo entender isso, e vamos
denunciar; e destacamos para isso: reduz a alíquota, mas não pede mais nada
para a empresa de ônibus! É só para aumentar o lucro da empresa de ônibus!
Reduz a alíquota, aumenta o lucro e menos crianças indo de ônibus para a
escola! Esta é a síntese da LDO!
Por
isso, nós votamos contra, Ver. Ibsen Pinheiro, porque é um Programa
fundamental, as crianças estão abandonadas nesta Cidade! Estão abandonadas,
porque a gestão da FASC, infelizmente, é um desastre! É um desastre! E é
burocrática a gestão da SMED, porque essa eu chamo de burocrática, para
respeitar a Profª Marilu, que acho que é muito bem intencionada, mas a equipe
não soluciona, não prioriza, não agiliza, não tem garantia de transporte para o
ensino obrigatório! Essa era a Emenda: de seis para oito mil crianças.
E
eu não acho que isso seja interferir no Executivo, Ver. João Antônio Dib, mas é
fazer o papel de Vereador que está enxergando o problema! Nós estamos indo nas
comunidades, estamos vendo o problema. As pessoas não recebem as carteirinhas,
as crianças desistem da aula, e, juntamente com isso, ampliam-se os lucros das
empresas de ônibus. Nós vamos repetir isso o resto do ano. Isto vai ser mais
uma marquinha desta gestão desastrada do Governo Fogaça: aumentar os lucros das
empresas de ônibus gratuitamente sem nenhuma contrapartida social! E, no início
do próximo ano, quando vier o aumento de passagens, e a juventude vier aqui
para a Câmara, não vai ter o que dizer para eles, como “ah, é assim mesmo, há
são os custos e insumos”, porque já estão estendendo a mão. Estão diminuindo os
custos para as empresas a troco de nada, sem contrapartida.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereadora.
Não
havendo mais quem queira encaminhar, em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Professor Garcia, a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM, 18 votos NÃO,
01 ABSTENÇÃO.
Em
votação a Emenda nº 16 ao PLE nº 031/06, destacada pelos Vereadores Raul
Carrion, Sofia Cavedon e outros. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para encaminhar a votação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Dr. Goulart; colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos
assiste, esta proposta do Porto da Inclusão, que tem como meta para o próximo
ano construir 601 unidades habitacionais produzidas, isso é um número irrisório
diante do potencial da demanda que nós temos, diante da quantidade de recursos
disponíveis que existem através dos programas habitacionais, e diante da
demanda que tem batido aqui nesta Casa, diariamente. E as reuniões da CUTHAB e
da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos sempre entupidas de
pessoas reivindicando. E eu vou listar algumas aqui: a Vila Dique, a Nazaré,
para poder fazer a ampliação do Aeroporto, só para aquele projeto, com recursos
do Governo Federal já destinados, são 2.500 unidades habitacionais necessárias
para fazer o reassentamento. Pegando lá, na Zona Norte, a Vila Amazonas, ainda
na Entrada da Cidade um conjunto de outras vilas a serem feitas, ou pegando o
pessoal que estava na Atilio Supertti, que foi removido no ano passado - 44 famílias
- lá para o Lami, num compromisso do Executivo Municipal de que eles ficariam
lá dois meses, para depois serem reassentados definitivamente, e que já estão
lá há um ano e seis meses, Ver. Zé Valdir, nós propusemos aqui aumentar a meta
de unidades habitacionais construídas de 601 para 2.500. Ver. Mario Fraga, que
é lá da região e que sabe e que se comprometeu comigo na CUTHAB de que nós
encontraríamos alternativa de reassentar aquelas famílias, por que não
aumentarmos as metas, se nós aqui, do Partido dos Trabalhadores, que podemos
falar também em nome do Governo Federal, temos recursos disponíveis para
oferecer ao Município de Porto Alegre para poder produzir essas unidades
habitacionais? Os programas estão disponíveis na Caixa Econômica Federal.
Ora,
Ver. Ismael, V. Exª que também trabalha conosco no tema da habitação, 601
unidades habitacionais produzidas no ano de 2007 é muito pouco diante da
demanda e do potencial que há. Ver. João Dib, sabemos que V. Exª historicamente
tem uma posição contrária a reassentamentos populares, sejam eles da Vila
Planetário, da Entrada da Cidade; bom, nós conhecemos a sua posição. Agora
esses Projetos podem ser colocados nas diversas regiões da Cidade, onde as
famílias lá já estão assentadas. A nossa proposta é que nós venhamos a aumentar
essa meta dos projetos habitacionais em relação ao número de unidades, de 601,
que o Governo Fogaça através do Sr. Tessaro sugere a esta Casa, para 2.500
unidades. Bom, 2.500 unidades é um número insignificante ainda diante das 40.000
unidades habitacionais de que Porto Alegre necessita.
Então,
colocando aqui, como aliado, sim, num projeto de reforma urbana, de
reassentamento popular, posso afirmar aqui desta tribuna que o Governo do
Presidente Lula, com seus programas, tem recursos disponíveis para que nós
possamos arrecadar. Para isso o Município tem que acreditar e tem que ter meta.
Esta
é a nossa proposição: no mínimo 2.500 unidades habitacionais de habitação
popular para os reassentamentos nas diversas regiões da Cidade. E eu não falei
aqui, por exemplo, lá do Unidão, na Restinga. Só no Unidão são 440 famílias que
o Governo Municipal disse que até dezembro do ano passado já estariam
reassentadas. Sabe quantas foram reassentadas? Zero, até o momento! Atilio
Supertti, sabem quantas foram reassentadas? Zero! Vila Dique e Vila Nazaré,
sabem quantas foram reassentadas? Zero! E eu poderia listar aqui dezenas de
vilas irregulares que estão na lista aguardando as habitações populares. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu venho fazer um
apelo àqueles que votaram contrariamente ao Projeto. Não há por que discutir as
Emendas destacas, são contra o Projeto! Mas se nós formos fazer a discussão da
forma que está sendo feita agora, são 28 as Emendas destacadas, quinze minutos,
se respeitarem o tempo, para cada uma delas, dá 1.260 minutos, ou seja, 21
horas - se todos respeitarem os cinco minutos! Mais umas três horas de painel:
em 24 horas corridas é possível que nós possamos chegar ao final das Emendas.
Agora,
trazer que devem ser feitas 2.500 habitações... Na série de programas do
Executivo estão distribuídas várias edificações a serem construídas, em razão
deste ou daquele programa. Portanto, eu acho que nós temos mesmo é que
fiscalizar a execução orçamentária.
Eu vou perguntar para os que estão destacando quem sabia que até o dia 31 de agosto a Prefeitura arrecadou 182 milhões, 12 mil, 691 reais de ISSQN; ou que arrecadou 101 milhões, 286 mil, 164 reais de IPTU; ou então que pagou com pessoal e encargos sociais 391 milhões, 274 mil, 964 reais? Nenhum deles sabe! E eu não estou criticando, mas está no Diário Oficial, sem nenhum problema dá para ser lido, e nós podemos fazer o acompanhamento da execução orçamentária, o acompanhamento do Orçamento que nós vamos votar, e não vamos dizer para o Executivo como é que ele vai fazer o seu Orçamento! Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado Excelência. Só lembrando, enfatizando o que disse o Ver. Dib: este
tempo todo de discussão está no Regimento. É uma questão de bom-senso.
Gostaria
de fazer a saudação a Célio Galeti, Vereador do PDT do Município de Pinhal
Grande, a quem damos o nosso abraço.
O
Ver. Zé Valdir está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. ZÉ VALDIR: O Ver.
João Antonio Dib, meu amigo, faz um apelo à oposição. Eu também quero fazer um
apelo a esta Casa. Eu tive a oportunidade de ser Vereador Titular aqui, em
vários momentos, quando a nossa Bancada era de situação. E o que eu vi foi que,
nesses momentos de discussão do Orçamento, muitos dos Vereadores, que agora
criticam a nossa Bancada por apresentar algumas emendas, eram muito produtivos
em matéria da apresentação de emendas; muito mais emendas - é só fazer uma
pesquisas nos Anais -, era infinitamente maior o número de emendas que
apresentavam, à época, do que hoje a nossa Bancada de oposição apresenta.
Esse
tema da habitação é sempre um dos temas mais importantes da nossa Cidade.
Portanto,
esse argumento de que vai levar não sei quantas horas na discussão, eu já o
invalido, porque, diante de um tema dessa monta, dessa importância, esta Casa
tem que, realmente, dedicar-se ao debate, aprofundar o debate. Não há outra
alternativa, se realmente esta Casa for, como se diz, ou pretender ser, o eco,
a ressonância dos interesses e dos anseios da nossa população.
Então,
Ver. João Antonio Dib, o apelo que eu quero fazer é que esta Casa tenha um
tratamento isonômico em relação às Emendas. Porque - veja bem - a nossa Bancada
apresentou algumas Emendas, a maioria foi rejeitada. No entanto, o Relator
apresenta seis Emendas; casualmente, as seis são acolhidas! Outro Vereador, o
Ver. Nereu, apresenta 13 Emendas, as 13 são acolhidas. Então o apelo de V. Exª
à oposição, Ver. João Antonio Dib, eu transformo num apelo à Casa, mas não
nesse sentido, no sentido do tratamento isonômico. Nós temos que partir do
princípio que esta Casa traduz os anseios do povo de Porto Alegre com toda a
sua diversidade, e tem que haver um tratamento isonômico. Portanto é o único
momento que a oposição tem de fazer o debate, é através das emendas e chamar
atenção, num último e derradeiro esforço, da Bancada da situação para a
importância deste tema e, particularmente, desta Emenda. Por que o que nós
estamos dizendo? Nós estamos aumentando as metas e dizendo: há recursos. Há
recursos para fazer esse aumento de metas, há recursos disponíveis, há uma
população que necessita, há um compromisso do Executivo, há um compromisso
desta Casa que muitas vezes recebeu essa população, aqui mesmo, com as suas
demandas. Portanto não há motivo para não acolher esta Emenda, independente de
ela ser de situação ou de oposição, porque o que está em jogo, Ver. João
Antonio Dib, é o interesse de um segmento da população, que é extremamente
sofrido, como nós sabemos; aliás, nós tivemos várias oportunidades de
recebê-los nesta Casa.
Portanto
não há por que, a não ser por algum tipo de postura menor, que eu acredito que
esta Casa não tenha - por ser da oposição -, esta Emenda não possa ser
acolhida. Porque, do contrário, o que nós estamos dizendo é que não há por que,
no mérito, não acolhê-la. Já que há recursos, já que existe uma demanda
formalizada, inclusive nesta Casa, existe um compromisso do Executivo, por que
não acolher esta Emenda? E fazer como se fez em relação a emendas importantes
também da base situacionista, em que as emendas foram acolhidas. Então é o
apelo que eu faço a esta Casa, que a gente acolha esta proposição da nossa
Bancada.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 16, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo.
Sr. Presidente, Exmas. Vereadoras, Exmos. Vereadores, a respeito desta Emenda
em destaque, da habitação, e a respeito do que foi falado aqui, Sr. Presidente,
de que existem verbas à disposição no Governo Federal, existem publicadas em
jornais, existem verbas ditas “do Ministério das Cidades”, mas, na prática, se
provou a inadmissibilidade dessas verbas, pela burocracia e pelos pedidos de
entraves para a liberação dessas verbas, principalmente para habitações de
baixa renda. A nossa Caixa Econômica Federal, ao exigir, meus senhores, que a
população de baixa renda não tenha nada constando no SPC, impossibilita, pois
isso é uma irrealidade no nosso País. Pessoas que ganham um salário mínimo,
pessoas que ganham menos, em torno de 300 reais, têm que comprovar à Caixa
Econômica Federal, para a busca da sua casa social, que nada devem e não estão
registradas no SPC. Quer dizer, são programas que se criam neste País para
fazer demagogia e não para resolver o problema da habitação, que é grave neste
País todo, que é grave na nossa Porto Alegre também.
Seiscentas
habitações/ano a que a Prefeitura se dispõe neste Orçamento está de bom
tamanho, desde que nós construamos as seiscentas e uma residências para baixa
renda. Se pudermos fazer mais, poderemos fazer se dermos o devido apoio ao
cooperativismo e se nós nos propusermos, lá em Brasília, lá na Casa Federal, a
tirar a burocracia, o impedimento legal para que a população que precisa possa
ter acesso à sua casa própria.
Sr.
Presidente, eram essas as ponderações que eu queria fazer a respeito da
discussão desta Emenda.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada pelos Vereadores Professor Garcia e João Antonio
Dib, a Emenda n° 16, destacada, ao PLE n° 031/06. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação a Emenda nº 17, destacada pelos Vereadores Raul Carrion e Sofia
Cavedon, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para encaminhar a votação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadores e Vereadoras, tanto a
Emenda anterior, que falava dos programas habitacionais, como esta, que prepara
o território para que haja habitação popular, atendem a uma lógica
estabelecida. Os senhores e as senhoras sabem qual foi a demanda número um do
Orçamento Participativo? Habitação popular. Se foi habitação popular, nós temos
que preparar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para que ela tenha sustentação
para esse tema, Verª Maristela Maffei. O que nós propusemos aqui, Ver. João
Antonio Dib, V. Exª que trabalha muito com o planejamento da Cidade? Propusemos
que no Programa Porto da Inclusão, que é uma ação técnica de definição
de áreas para habitação de interesse social, ou seja, gravame de AEIS no Plano
Diretor; o Governo propõe que o projeto de gravames de Área de Interesse Social
no Plano Diretor seja de 50% da demanda que nós temos de habitação de interesse
social. Se nós queremos realmente trabalhar com seriedade aqui, Verª Clênia
Maranhão, Líder da base do Governo, e o Plano Diretor tem que vir para esta
Casa, por que não vir já com o gravame de 100% das comunidades que estão
necessitando a regularização como Áreas de Interesse Social? É exatamente isso
que nós estamos propondo, Ver. João Antonio Dib. E o Relator, quando diz aqui
que rejeita nossas emendas, dizendo que as metas estipuladas pelo PPA 2006-2009
representam a capacidade do Executivo em atender às demandas, desculpe-me,
Professor Garcia, o seu relato aqui está equivocado tecnicamente. Porque, se
nós vamos rever o Plano Diretor, é simplesmente nós gravarmos no Plano Diretor
todas as Áreas de Interesse Social, e capacidade técnica a Secretaria do
Planejamento, a de Obras e Viação e as demais, têm mais do que suficiente.
Portanto,
esta Emenda aqui é uma Emenda que vem auxiliar para que o avanço da
regularização fundiária em Porto Alegre aconteça. Sabe quantas vilas de
habitação irregular nós temos hoje, Ver. Nereu? São 360 comunidades
irregulares. O que nós estamos propondo aqui? Que, na revisão do Plano Diretor
que está para vir para esta Casa, não sejam contemplados somente 50% dessas
vilas, como diz o Executivo, e sim 100%. Portanto, é uma Emenda que apresenta
uma lógica de construir a Cidade sem gastar um centavo a mais, simplesmente
redirecionar politicamente para que os técnicos que estão na Prefeitura Municipal,
na Secretaria de Planejamento, no DEP, no DEMHAB, na SMOV, elaborem este
Projeto e o encaminhem à Câmara.
Então,
qual é a diferença que temos ao Projeto que o Governo apresenta? Que se deve
definir somente 50% do gravame no Plano Diretor, das Áreas Especiais de
Interesse Social, e nós estamos sugerindo que não seja 50%, que seja 100%, para
contemplar todas as comunidades, porque, no momento em que nós as gravamos como
AEIS, elas se qualificam para buscar o recurso que o Ver. Ismael aqui antes
contestou; se elas estão em áreas com regime urbanístico diferenciado, elas não
podem se qualificar para pegar os projetos habitacionais. Portanto, a nossa
Emenda vem qualificar os programas de habitação popular, ou seja, gravar 100%
das vilas irregulares que estejam sujeitas a serem chamadas de Áreas Especiais
de Interesse Social. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Queremos
saudar o Ver. Sebastião de Jesus Dorneles de Lourenço, do PDT de Itacurubi.
Prazer em recebê-lo. (Palmas.)
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 17,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, ouvi atentamente a
fala do Ver. Comassetto, que disse: “Garcia, é só gravar; não tem recurso”.
Ora, Vereador, quando nós gravamos uma área, ela tem um valor intrínseco de
mercado, e V. Exª sabe muito bem disso, porque trabalha nesse segmento e tem um
compromisso com esse segmento, embora seja do Partido dos Trabalhadores. E, ao
mesmo tempo, ouça a justificativa que V. Exª colocou: “A Emenda tem por
finalidade preparar legalmente, no Plano Diretor, a regularização fundiária das
áreas ocupadas e a definição de novas áreas para habitação popular”. Quando V.
Exª coloca “preparar legalmente”... Mas, quando V. Exª grava, já houve uma
aceitação e sabe que esta Casa tem o compromisso, a Prefeitura tem o
compromisso - isso está previsto no Estatuto da Cidade - de trazerem aos
munícipes a discussão do Plano Diretor. Esta é uma questão conceitual que nós
temos de fazer e enfrentar: que Cidade queremos?
Portanto,
a sua intenção é legítima, mas está mal postulada nessa questão especificamente
da LDO. Não é matéria de natureza da LDO, já que, quando chegarmos na discussão
do Plano Diretor, vamos, sim, discutir quais áreas serão gravadas. Se prestar
atenção, o próprio Prefeito coloca que 12 áreas... Eu vou ler aqui,
rapidamente, o que está previsto na ampliação de metas e prioridades, há um
ítem que coloca... há vários, mas há um que se refere especificamente à questão
das áreas que estão previstas... Não o estou encontrando aqui, agora, mas há um
número de implemento, porque não adianta criar uma falsa expectativa na
população, vender uma idéia... Lembro-me que no ano de 2002, também como Relator
da LDO, sofri um constrangimento, porque um determinado Vereador colocou como
Emenda: “Gravar a área da Cruzeiro do Sul”. Ele panfleteou na área da Cruzeiro
do Sul, dizendo que este Vereador, como Relator, caso concordasse... enfim, que
todos os moradores da Cruzeiro do Sul ganhariam as suas residências. Ora, a
gente não pode fazer demagogia com “o chapéu dos outros”. Primeiro, aquela área
da Cruzeiro do Sul é do Exército, é uma área federal. Então, para gravar, temos
de saber de que forma está, como está, a quem pertence, e as negociações que
envolvem.
Então,
a vontade, às vezes, torna-se irrealidade quando se preconiza e se vislumbra,
caso a caso, de quem é a área específica. Temos, então, de ter esse cuidado, e
foi especificamente em cima disso que rejeitamos a Emenda; não foi nada
ideológico, nada de preconceito contra o nobre Vereador, que tem o compromisso
com esse quesito, sim, mas, volto a dizer: não é uma matéria pertinente à Lei
de Diretrizes Orçamentárias. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 17,
destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
04 votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr.
Presidente eu solicitaria que a Sessão fosse suspensa por um minuto, para ver
se nós conseguimos concertar com a oposição algumas Emendas que possam ser
votadas em bloco. Um minuto só, por favor.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Pois
não, Ver. João Dib.
Estão
suspensos os trabalhos por um minuto, para que possa haver uma conversa entre
as Lideranças da Casa, a fim de que possamos seguir, logo após, a Sessão.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h31min.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz – às 16h42min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.
Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 18, destacada, ao
PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 03
votos SIM, 19 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Em votação a Emenda nº 19, destacada, o PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, eu acredito que ficou acertado que três Emendas seriam mantidas
em Destaque e as demais seriam votadas em bloco. Não foi comunicado à Mesa, eu
sei disso.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver.
João Dib, o que eu tenho aqui, agora, são Emendas destacadas. Se houver um
acordo de Plenário, poderíamos votar em bloco. Até agora não chegou nada até a
Mesa.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, a nossa Líder está aguardando esse retorno efetivo. Nós não
recebemos até então. Se assim for, inclusive me retiro da tribuna para atender
ao acordo. Mas a nossa Líder não recebeu nada até o momento.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Então,
encaminhe V. Exª, como autor, a Emenda nº 19, Ver. Comassetto.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: A
Emenda nº 19 trata de uma proposição que altera o produto, que é atendimento de
demandas judiciais...
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver.
Comassetto, interrompo V. Exª só um minuto, e paro o tempo de Vossa Excelência.
V.
Exª não é o autor desta Emenda, a autora da Emenda é a Verª Maria Celeste.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Encaminho,
então, pelo meu Partido. Muito obrigado.
A
Verª Maria Celeste apresentou uma Emenda ao programa “A receita é saúde”, e a
ação são comunidades terapêuticas justamente ao programa “A receita é saúde”.
Qual é o produto? “Atendimento de demandas judiciais e do Conselho Tutelar”. O
que é que significa isso?
Significa
que o Conselho Tutelar recebe diariamente um conjunto muito grande de demandas,
inclusive muitas delas por determinações judiciais, para que tenha atendimento
terapêutico para essas crianças. E o Conselho Tutelar não consegue efetivar
esse trabalho, porque não tem recurso e não tem estrutura para essas demandas
terapêuticas.
E
aí eu poderia citar aqui uma dezena de casos de crianças, meninos e meninas,
por exemplo, que sofrem violência sexual, muitas delas dentro de suas casas. O
juiz determina que sejam encaminhados para atendimento terapêutico. O Conselho
Tutelar não tem essa estrutura e a Verª Maria Celeste propôs justamente que
seja alterado esse produto para que se possa ampliar esse atendimento e
resolver um problema social existente, hoje, em Porto Alegre, de uma demanda
reprimida, e é uma demanda muito grande que, colegas Vereadores e Vereadoras,
está inserida nos nossos bairros e vilas, principalmente naquelas comunidades
carentes inclusive de estrutura habitacional.
Portanto,
as ações que estamos apresentando aqui, Ver. Professor Garcia, apontam, sim,
para o tipo de cidade que queremos, para o modelo de cidade que queremos.
Queremos uma cidade que inclua socialmente e que inclua estruturalmente.
Portanto, as emendas que apresentamos anteriormente relacionadas às questões
habitacionais dizem respeito ao resgate das pessoas que estão carentes da
estrutura habitacional. E no caso da questão social, os Conselhos Tutelares,
hoje, não possuem essa estrutura para dar atendimento às demandas judiciais que
são a eles remetidas, e aquelas demandas que chegam diariamente, de crianças
agredidas, crianças violentadas fisicamente, psicologicamente, moralmente, e
que os Conselhos Tutelares, os nossos conselheiros - e aqui no plenário temos
alguns conselheiros - sabem que não basta ser Conselheiro Tutelar, não basta
estar eleito. O Ver. Zé Valdir que já trabalhou muito nessa área, nosso
Vereador Suplente, sabe que isso é uma demanda e uma realidade. E a Verª Maria
Celeste apresenta essa emenda para que possamos dialogar com as Bancadas da
base do Governo para entender a sensibilidade que ele tem, e inclusive essa é
uma das demandas que temos ouvido diariamente pelo rádio, que a Primeira-Dama
do Município têm dito com intensidade, que a sua prioridade é ação de inclusão
social referente às crianças e adolescentes.
Portanto,
temos que construir estrutura, e os Vereadores aqui tanto da base do Governo
quanto da oposição, creio que temos condições de legislar para qualificar um
tema que merece o maior respeito de todos nós, e que possamos, através da
estrutura do Município, dar suporte para que a Primeira-Dama cumpra as palavras
que ela vem pronunciando, pela imprensa, diariamente, em relação à criança e ao
adolescente: “É prioridade, como minha ação social”. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE(Luiz Braz): Obrigado,
Ver. Comassetto.
Não
há mais quem queira se manifestar. Em votação nominal, por solicitação deste
Presidente, a Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº 031/06. (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM e 17 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós
não queremos governar pelo Executivo, mas nós vamos discutir aqui, uma a uma,
as Emendas para mostrar que nós temos a sensibilidade por estarmos, como todos
os Vereadores da situação, inclusive eu compreendo perfeitamente - já fui
situação - qual a dificuldade dos Vereadores da situação, aliás, não é uma
dificuldade; é um mérito ser da situação. Mas deveríamos ter mais diálogo aqui,
Verª Clênia, entre a oposição e a situação e eu sei do teu esforço. Acho que o
Governo está muito inflexível. Já que a Saúde não é prioridade deste Governo -
que foi a centralidade da sua campanha - alguns elementos foram decisivos para
a cidade de Porto Alegre ter trocado a trajetória que tinha de sucessivos
governos da Frente Popular pelo grupo de oposição, e um desses elementos foi a
Saúde.
Quero
lembrar aqui, Ver. Sebenelo, que isso foi um dos elementos mais significativos.
Não vou esquecer nunca da propaganda do Prefeito Fogaça, quando em campanha,
mostrando os postos de saúde, mostrando as filas, mostrando o drama da Saúde, e
os depoimentos. Esse tema e mais a garantia de que o que era bom iria continuar
foram os elementos decisivos. Têm outros, mas em termos de conteúdo para a
Cidade, de trabalho na Cidade, de políticas públicas na Cidade, o tema da Saúde
foi um dos pontos nevrálgicos. Agora nós não estamos enxergando esse
compromisso sendo realizado.
Esta
Emenda é uma tentativa de indicar que nós estivemos visitando o PAM-3. Nós
estivemos, na Comissão, como Bancada do Partido dos Trabalhadores, visitando o
PAM-3. Eu fui duas vezes, e olhem que não é minha área de atuação, Ver. João
Dib, mas fui duas vezes ao PAM-3 com a nossa Bancada nos últimos períodos. E o
PAM-3 é uma tristeza, o aspecto físico daquele espaço é um horror! Ele precisa
de reformas, ele precisa de uma cara nova, além de precisar obviamente agilizar
o procedimento, ter mais condições de atender à Saúde da Prefeitura. Bom, esta
Emenda quer isso, Ver. João Dib. Ela foi rejeitada, com exceção do Ver. João Dib.
A Bancada do Governo não acha que tenha que dialogar com a oposição, não
considera, não acha que é um problema dos Vereadores individualmente, não
considera a representatividade que os Vereadores de oposição trazem para esta
Casa, as demandas que eles recebem e a trajetória de trabalho que eles têm.
Então,
nós estamos propondo, flexibilizando... está bem, Ver. Professor Garcia. Vamos
lá, vamos trabalhar com duas Emendas, uma na área da Habitação e uma na área
Social das crianças e dos adolescentes, vamos escolher uma. Poderia estar
insistindo aqui com o SASE, com o trabalho educativo. Não, estamos priorizando,
Ver. Luiz Braz, o atendimento de zero a seis anos. Por quê? Porque é um
atendimento dos mais delicados, porque nós temos uma legislação nova no País
que estabelece a obrigatoriedade do atendimento de zero a seis anos, porque nós
temos uma responsabilidade do Município de ampliar esse atendimento, porque nós
temos um trabalho existente na Cidade.
Quer
dizer, fechar as portas para um trabalho existente, maravilhoso, não é, nem
estrategicamente, para um Governo, uma boa escolha. É uma rede maravilhosa de
trabalho comunitário, social; e se entenderem que este é um bom Governo,
reelegem este Governo! São mais de 400 entidades, e não é esta a leitura que o
Governo tem, por quê? Porque este Governo não está conseguindo pinçar do seu
Orçamento as prioridades. Eu insisto nisso, eu enxergo isso em várias
Secretarias.
Nós
estamos aqui propondo estas Emendas, tentando fazer com que o Governo se
coloque e diga: “Isto é ou isto não é a nossa prioridade”. Este é o nosso
papel. O Governo precisa estabelecer algumas prioridades, não vai atender a
tudo! E a idéia que está passando hoje, o fato na vida real é de que tudo está
mal, porque não há uma prioridade, pelo menos, duas ou três em cada área, que
respondam às necessidades da Cidade, que respondam às emergências que estão, a
olhos vistos, gritando para que o Governo enxergue.
Então,
eu não consigo entender essa política cega deste Governo, porque é isso que nós
não enxergamos nas Diretrizes Orçamentárias, e quando nós propomos, o Governo
também só responde que tem um Conselho Gestor pensando no tema. O Governo está
terminando o seu segundo ano e sobre o tema “creche comunitária” tem um
Conselho pensando no que fazer! A situação é dramática! Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 20, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, eu
gostaria que os colegas Vereadores e Vereadoras analisassem e comparassem a
Emenda n° 20. Vereador João Antonio Dib, V. Exª que é um expert em
orçamento, eu gostaria que V. Exª analisasse e comparasse a Emenda de nº 20, de
autoria do Ver. Aldacir Oliboni e do Ver. Carlos Comassetto, com a Emenda de nº
08, de autoria do Ver. Professor Garcia, que foi o Relator, e que,
coincidentemente, teve todas as suas Emendas aprovadas; 100% delas. A Emenda nº
08 diz o seguinte (Lê.): “Incluir no Anexo nº 01: Produto: Estádio Ramiro Souto
- Ação: Recuperação do Estádio Municipal”. Ou seja, investimento no Estádio
Municipal.
A
Emenda nº 20 diz (Lê.): “Incluir no Anexo nº 01: Ação: Reforma e aquisição de
equipamentos para o Centro de Saúde Vila dos Comerciários - PAM-3. Produto:
Instalação e Equipamentos. Unidade de Medida: Percentual”.
Qual
é a diferença que há entre o método aqui utilizado pelos Vereadores de oposição
e pelo Vereador-Relator, que já foi da oposição, e agora está na situação, para
analisar duas medidas com o mesmo peso, com a mesma lógica, com o mesmo
conteúdo?
Senhores
e senhoras, público que nos assiste, nós, como oposição, queremos, aqui nesta
Casa, no mínimo, respeito; respeito igual, Professor Garcia, porque a sua
Emenda, a Emenda nº 08, que é nobre e que está bem encaminhada, aponta para o
esporte, e não pode vir em detrimento da nossa Emenda apresentada, a Emenda nº
20, que aponta para a Saúde pública.
E,
aí, eu quero mostrar - quero que as câmeras filmem - quais são as últimas
notícias sobre a Saúde. Aqui está, senhoras e senhores, o diagnóstico, a Ata do
Conselho Municipal da Saúde, que rejeitou as contas do Município - dos meses de
abril, maio, e junho -, no tocante à Saúde. (Exibe o documento.)
Ao
mesmo tempo, foi noticiado em um jornal de grande circulação da nossa Cidade,
em agosto de 2006, o seguinte (Lê.): “Cresce mortalidade infantil em Porto
Alegre. ‘Atenção à saúde da mulher também apresenta, de acordo com o relatório
da Prefeitura, um descaso à prevenção ao câncer de colo de útero’”, Ver. Dr.
Goulart. Esse é o relatório do Município de Porto Alegre que está dizendo que o
descaso com a prevenção ao câncer de colo de útero tem aumentado em Porto
Alegre. O relatório não é nosso, da oposição; o relatório é da situação, é da
Prefeitura Municipal. Aí, quando nós viemos aqui e apresentamos uma Emenda para
ajudar a qualificar, somos discriminados; querem nos tirar a voz, não querem
que a gente venha, aqui, a esta tribuna, discutir; não querem que se diga o que
nós estamos propondo para ajudar a qualificar a situação de descaso em que está
a Saúde de Porto Alegre, neste momento, sob a administração do Dr. Pedro Gus e
do Sr. Prefeito, José Fogaça. Aí o Relator, o Professor Garcia, que representa
o Governo, aprova todas as suas Emendas iguaizinhas às nossas no método, e
discrimina as nossas, negando a sua aprovação.
Temos
que ter a coragem de vir a esta tribuna e dizer: nós estamos tendo uma ação
política discriminatória. Nesse sentido nós não queremos dialogar com a nossa
oposição, nós estamos dizendo que aprovaremos, não queremos nem dialogar para
conversar. Nós buscamos o diálogo, até há poucos minutos, sob o ponto de vista
de podermos negociar algumas Emendas da oposição para incluir neste debate e
que viessem a contemplar o trabalho da diversidade política dos Vereadores que
aqui estão presentes.
Portanto,
meus colegas Vereadores e Vereadoras, esta Emenda é uma emenda que vem ajudar a
qualificar a Saúde de Porto Alegre e que vem a dar uma possibilidade de
melhorar a estruturação do Posto de Saúde da Vila Cruzeiro. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
20, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, esta forma de ajuda da oposição, através de uma
emenda, na verdade, pode ser descaracterizada pelo próprio comportamento da
oposição. Eu conversava há pouco com outros Vereadores, e um deles me dizia do
azedume que chegavam aqui a esta tribuna os Vereadores do Partido dos
Trabalhadores. Azedume decorrente, muitas vezes, da perda de uma eleição, que
foi legítima, e pelo que hoje mudou a Administração, mudaram os métodos e
principalmente mudou a ideologia. Havia um populismo demagógico predominando o
Orçamento Participativo e tantas outras atitudes autoritárias e sem que
houvesse, de outro lado, qualquer tipo de proposta que fosse compatível com as
idéias de um debate, e apenas uma idéia só e exclusiva. Fazer uma contribuição
através de uma Emenda para melhorar um posto de saúde é absolutamente
dispensável.
As
questões relacionadas, como falou a Verª Sofia Cavedon, com a piora da
mortalidade infantil em Porto Alegre, em primeiro lugar, não são verdadeiras;
em segundo lugar, há um momento que pode, por dados estatísticos, ser melhor ou
pior, e que pode ser compensado no mês seguinte ou no trimestre seguinte, por
outros dados estatísticos de melhora, e isto evidentemente é muito comum.
O
fato de um Governo eventualmente reconhecer uma dificuldade, dar publicidade a
isso e dizer que o número de exames citopatológicos de prevenção de câncer
diminuiu, isto se chama honestidade, honestidade que nunca o seu Governo teve,
nunca teve a coragem de dizer: “Não, eu errei!”. Aliás, tinha o monopólio da
perfeição; o Partido dos Trabalhadores, na sua arrogância - arrogância essa que
os tirou do poder - tinha o monopólio da perfeição, essa era a questão. Nós,
não! Nós, no Relatório, quando há um número que não é bom, dizemos que
realmente houve uma piora e que vamos trabalhar em cima daquilo. E é o que
estão fazendo, debruçados, Ver. Ibsen Pinheiro, nessa questão, por exemplo, do
citopatológico; estão em busca da solução desse problema pessoas que têm
autoridade no assunto, como sabe muito bem o Vereador-Presidente, Dr. Goulart,
que é um especialista no assunto.
Essas
coisas, evidentemente, têm que ser discutidas num outro nível, com serenidade e
não com este - eu gostei muito da palavra - azedume, feito de um bolor já muito
conhecido e que, graças a Deus, vai para o passado e que faz com que as pessoas
passem para um outro método de trabalho, em que o debate, a sugestão e a boa
política se façam pensando na população de Porto Alegre e não em algum
interesse, algum ganho secundário decorrente desse debate.
Nós
achamos que, realmente, muitas coisas têm que ser arrumadas, têm que ser
melhoradas, mas leve-se em consideração uma herança maldita recebida, não só na
área da Saúde, mas na área, Verª Sofia Cavedon, da Educação Infantil, que foi o
calcanhar-de-aquiles do seu Governo, onde a fábrica infernal e maldita de
marginais, em proporções industriais, foi uma das facetas negativas do seu
Governo, foi o que tirou da Prefeitura - juntamente com a área da Saúde, a área
da Educação - os dezesseis anos não muito felizes do seu Partido.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
20, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar eu
quero fazer a defesa do Ver. Professor Garcia. O Professor Garcia rejeitou a
Emenda nº 20 - o fez corretamente - e aprovou a Emenda nº 08 - também o fez
corretamente, e recebeu o meu voto.
Bem,
o correto nem sempre é a lei; a Verª Neuza Canabarro e eu ouvimos fora da
Comissão de Saúde as necessidades do PAM-3. Nós ouvimos claramente tudo o que
precisa ser feito naquele centro de saúde. Nós sabemos perfeitamente. Então, eu
não vejo por que não se possa, ainda que não esteja no Plano Plurianual,
colocar como obrigação da Comissão de Saúde desta Casa e dos Vereadores que
sabem do problema do PAM-3 aprovar esta Emenda. Portanto, eu, João Dib, voto
favoravelmente à Emenda e vou pedir aos meus companheiros de Bancada que façam
o mesmo, porque a saúde da população é extremamente importante, e o PAM-3 está
em péssimas condições. Voto favoravelmente ao Destaque. Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
20, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu respeito a posição
do Ver. João Antonio Dib, só o que me surpreende é que o Ver. João Antonio Dib
é da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul. Na Comissão votou
pelo Não; pensou agora e refez seu voto, é uma posição. Eu discordo dessa
posição, por isso, de forma bem rápida, voto e insisto pelo Não.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 20, destacada,
ao PLE nº 031/06. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM
e 15 votos NÃO.
Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.)
(O
Ver. Dr. Goulart reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, um minuto e cinqüenta e três segundos, e não deu quórum. Sr. Presidente,
dois minutos, vamos falar sério aqui nesta Casa, não dá! Dois minutos, e não
deu quórum, Sr. Presidente. Vamos falar sério aqui, Regimento é Regimento. Não
tem problema. Nós estamos aqui para trabalhar.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por 19 votos NÃO.
A
SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Vereador-Presidente, o Regimento é muito claro: fala em um
minuto e trinta segundos. Há essa regra, e que permite inclusive à oposição
levantar a Sessão, levantar os trabalhos; e exige que tenha uma maioria
no Plenário no momento da votação. A um minuto e trinta desta votação 15
Vereadores tinham registrado o seu voto. Então, Vereador-Presidente, esta
votação não pode ser validada. O painel foi fechado em dois e trinta. (Pausa.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está
certo.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Em
dois e quarenta e oito, Vereador-Presidente. Bom, aí, ou nós temos regras
regimentais para reger os nossos trabalhos ou não temos. Então, eu apelo a V.
Exª que cancele esta votação, e que o painel passe, a partir deste momento, a
ser congelado em um minuto e trinta. Não é possível colher voto depois de um
minuto e trinta. O painel tem ficado aberto, acolhendo votos depois desse tempo
regimental.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está
certo, Vereadora.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Sr. Presidente, as intercorrências, que são as dificuldades de votação que
muitas vezes ocorrem na questão eletrônica... as questões, como por exemplo: V.
Exª, com um minuto e dezoito, disse que não podia ter dois Presidentes ao mesmo
tempo na Casa; então, que V. Exª iria assumir. Nesse espaço de tempo, havia
dois Vereadores também tentando votar e não conseguindo. V. Exª tem o direito
de dizer depois quais são os Vereadores que vão alterar o seu voto. Então, eu
acho que está plenamente justificada a votação, e não produzirá nenhum outro
efeito que não seja uma formalidade desnecessária para que haja uma nova
votação - não tenha dúvida disso.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente,
como era este Vereador que estava presidindo os trabalhos no momento em que nós
iniciamos a votação, eu posso dizer a V. Exª que nós tínhamos o número de
Vereadores necessários no plenário. A regra de esperar um minuto e meio é uma
regra apenas de organização da Sessão; não significa que não pode - e isso
aconteceu outras vezes inclusive - o Presidente esperar um minuto e quarenta,
ou dois minutos; ela é apenas um regra de organização da Sessão. Nós tínhamos
aqui Vereadores suficientes, só que V. Exª estava reassumindo os trabalhos, e
eu estava deixando a presidência dos trabalhos naquele momento, mas nós
tínhamos realmente o quórum necessário.
Infelizmente,
a Bancada de oposição já está demonstrando, com o seu procedimento, que não
quer votar o Projeto, muito embora saibamos que hoje é a data limite para que
nós possamos terminar a votação da LDO. Então, eu acredito que V. Exª não deve,
realmente, embarcar nessas manobras que estão sendo feitas, e, por favor, vamos
continuar a votação, Sr. Presidente, porque eles vão querer discutir aqui até a
meia-noite.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Alguém
mais gostaria de se manifestar?
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, eu gostaria de
contestar a percepção do Ver. Luiz Braz. Quando ele deixou a presidência dos
trabalhos, há um minuto e quinze segundos, e quando passou para V. Exª
completou um minuto e trinta segundos, e 15 Vereadores haviam votado, o 16º
voto foi o de Vossa Excelência. Nesse momento o painel deveria ter sido
encerrado, impedindo o registro de votos; seguiram-se mais dois votos - três,
aliás -, para depois o Ver. Nedel registrar o seu voto. Então, eu concordo que
haja, depois de um minuto e trinta, alguns votos orais que não conseguiram
registrar, porque avisaram dentro do tempo que não conseguiram; tem que ter
avisado dentro do tempo. A regra é para ser cumprida, não é uma referência,
senão não teria número, não teria especificado o minuto. Esta votação será
ilegal, anti-regimental, se ela for considerada realizada.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, eu votei com o painel aberto, não olhei o relógio, estava o painel
aberto, e deu senha incorreta. Imediatamente, eu levantei a mão - quero votar!
-, porque a minha senha estava incorreta.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está
certo. Obrigado pela informação.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, a Cidade espera um
pouquinho mais de nós, um pouco mais de responsabilidade e de bom-senso. Na
realidade, a dificuldade foi que o Presidente estava no plenário e o Vice
estava na presidência, e o Presidente deveria ter votado no plenário, e houve
confusão, mas não é isso que deve nos atrapalhar. Nós temos que seguir a
votação, porque tem data, tem prazo, é preciso que se vote. Nós não podemos
buscar mesquinharias para procrastinar mais do que foi feito até agora.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, eu quero dizer a V.
Exª e ao Plenário que a Questão de Ordem da Vereadora, Líder do PT, para mim
não tem validade nenhuma e nem para o Plenário, porque se ela pediu uma Questão
de Ordem e estava presente no plenário, mas não votou e nem se absteve, estava
presente no plenário, tanto que pediu uma Questão de Ordem. Eu acho que faltou
conhecer o Regimento, minha cara Verª Sofia.
A
SRA. SOFIA CAVEDON:
Vereador-Presidente, Dr. Goulart; eu quero aqui registrar, Ver. Dib, que é
lamentável, numa discussão de Diretrizes Orçamentárias, nós não termos 19
Vereadores, neste plenário, acompanhando, de forma sistemática, crítica e
participativa - eu acho que este é o registro. Não é uma questão burocrática
essa que está acontecendo aqui. Se nós não depositamos o nosso voto, isso é uma
posição política, porque nós estamos aqui defendendo idéias e estamos
participando e utilizando o Regimento. Esta Casa tem 36 Vereadores, e os
Vereadores não estão, na sua maioria, presentes num momento tão decisivo e tão
importante para a Cidade como este. E não é burocrático o uso do Regimento: o
Regimento está aqui para regrar as nossas relações. Eu só reconheço, depois dos
16 votos, o voto do Ver. Nedel. Outros dois votos entraram, de pessoas que
estavam fora e que entraram depois do minuto e trinta. E nós solicitamos à
Diretoria Legislativa o boletim de votação com os minutos de votação; isso deve
ser registrado eletronicamente, e nós queremos esse registro para poder mostrar
que não é uma manipulação, não, mas sim exigência de que as pessoas levem a
sério o Regimento e a LDO.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL:
Sr. Presidente, eu não considero sinônimo de responsabilidade uma Bancada estar
presente e não votar uma lei importante para a Cidade. E isto eu quero
registrar: que a Bancada do Partido dos Trabalhadores estava presente e não
votou. Isso não é responsabilidade.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Alguém
mais deseja se manifestar?
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, nós estamos trabalhando à luz do Regimento. Votar ou não votar
é permitido pelo Regimento, e assim estamos fazendo. Portanto, a fala do Ver.
Nedel é uma fala que não atende ao Regimento Interno da nossa Casa. Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Excelência.
O
Ver. Zé Valdir está com a palavra.
O
SR. ZÉ VALDIR: Sr.
Presidente, eu também considero uma irresponsabilidade a Bancada majoritária
desta Casa, que tem votos para passar o rolo compressor...
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Questão de Ordem): Que tempo é esse em que eles estão falando, Presidente?
O
SR. ZÉ VALDIR:... Podem
passar o rolo compressor a todo o momento, na hora da votação, não estar aqui.
A Bancada do Partido dos Trabalhadores está aqui e usa de um dispositivo
perfeitamente legítimo do Regimento! Agora, a irresponsabilidade é de quem está
nos gabinetes, que tem maioria nesta Casa e não vem votar. Esses são os
irresponsáveis!
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado. Encerrados os apartes.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h27min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 17h31min): Estão reabertos os trabalhos.
Recebi
os trabalhos do Vice-Presidente que exercia a função de Presidente. Entendo que
esse qüiproquó se formou por causa do pedido de mudança em que eu precisava me
deslocar do plenário para esta Mesa. Bom, é sabido, agora, por todas as
Bancadas que, antes de encerrar a votação, eu sempre solicito que se encerre
primeiro o painel, porque V. Exas têm maior gama de motivos de
quererem retificar o voto, de não terem conseguido votar. Tenho usado sempre
esse critério para todas as Bancadas; talvez V. Exas entendam que é
um critério que não deve mais ser usado, para que possamos fazer todos os
esclarecimentos, esgotar a discussão sobre um determinado tema, existe essa
tolerância. Como em determinados momentos o tempo é uma arma política que as
Bancadas têm, então, a partir do momento em que eu estiver aqui, dirigindo,
vou-me ater ao tempo, com a colaboração de V. Exas; ou seja, o tempo
terá que ser esgotado, terminado em um minuto e trinta segundos, sem nem mais
uma intervenção, a não ser que tecnicamente não esteja funcionando o
registrador do Vereador, de maneira que o critério foi este: a votação foi
encerrada depois de encerrado o painel, como temos feito e como fizemos
conforme V. Exas podem observar no registro deste dia, desde o
primeiro momento. Então, sigamos a Sessão.
Em
votação a Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadores e Vereadoras, incluímos na
Emenda nº 22 o Anexo I, chamado Cidade Integrada. E a ação, que já existe,
chama-se Ação de Vias Estruturadoras, que é uma demanda de toda a Região Sul da
Cidade, que todos sabem, principalmente os meus colegas Vereadores, que,
durante a campanha eleitoral, percorreram a Restinga, o Lageado, o Lami, o
Belém Novo, e puderam comprovar as péssimas condições da Estrada Edgar Pires de
Castro, no trecho que vai da Av. Juca Batista até a Restinga.
Essa
Emenda propõe a elaboração de projeto para a duplicação da Estrada Edgar Pires
de Castro, desde a rótula da Hípica até a rótula do Posto Texaco, na entrada da
Restinga; Emenda que está sendo rejeitada pelo Executivo - assim como foi
rejeitada no ano passado. Só não fomos a fundo para sua aprovação, no ano
passado, porque o Executivo nos disse que no ano de 2006 iria apresentar o
projeto desta via, sendo atendida a nossa demanda, e, por isso, demos um cheque
em branco ao Executivo. Acreditamos no Executivo Municipal.
Eu
pergunto a qualquer cidadão de Porto Alegre, da Região Sul de Porto Alegre,
qual foi o Secretário, se o então Secretário Cassiá ou o Maurício Dziedricki,
nossos dois colegas, qual deles, até o momento, fez essa discussão na Região,
ou apresentou um projeto? Esta é uma demanda para ser levada à discussão nos
fóruns competentes da Região; esta é uma demanda e uma reivindicação de todos
daquela região da Hípica - e eu vejo todo dia os Vereadores Nedel, Mario Fraga
e Haroldo de Souza apresentando Projetos de Lei para dar nome às ruas da
Hípica, dos loteamentos que ali saem. Um belo Projeto que fazem os colegas, só
que a população ali - Ver. Bernardino, V. Exª que é corretor de imóveis -, nos
últimos oito anos, saltou de 500 habitantes para 15 mil habitantes, e todos
esses têm uma relação direta com a Estrada Edgar Pires de Castro. Apresentar
aqui uma Emenda para que o Executivo discuta com a comunidade e elabore um
Projeto de duplicação daquela Estrada não é nenhuma irregularidade
administrativa, não é nenhuma incoerência política.
Portanto,
esta Emenda de nossa autoria e dos demais colegas é para que aquela via - Dr.
Goulart, V. Exª que diariamente vai à Restinga atender clientes, sabe desta
necessidade -, seja duplicada, porque até à Av. Juca Batista, até à Hípica, a
Administração Popular a deixou duplicada - a 3ª Perimetral, que sai do
Aeroporto e vai até a Hípica. E o Município, no ano passado, não fez um
quilômetro de novas vias estruturadoras em Porto Alegre! A média da
Administração Popular foi de 19 quilômetros em toda sua gestão, durante os 16
anos. Queremos, sim, que esta Emenda seja entendida como uma Emenda
estruturadora; nós não estamos nem propondo que seja feito, mas que seja
elaborado o Projeto para ser discutido nos fóruns do Orçamento Participativo,
nos fóruns dos pequenos comerciantes, no fórum da comunidade para desafogar e
estruturar aquela via, que hoje, devido ao aumento de população daquela região,
teve seu fluxo dobrado. Com o projeto na mão, poderemos captar recursos; quem
não tem projeto, não capta recursos, e recursos, no Governo Federal, existem de
sobra.
Portanto,
pedimos, sim, aos colegas Vereadores e Vereadoras, principalmente aos
Vereadores lá da nossa Região, que votem favoravelmente a esta Emenda. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
22, destacada, ao PLE nº 031/06.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, detenho-me nesta
Emenda, e digo que sou favorável e acho superimportante a duplicação da Estrada
Edgar Pires de Castro, mas quero discorrer sobre o método. Nós temos fóruns
para discutir isso. Nós temos que encaminhar, Ver. Comassetto, para que isso
seja discutido nas temáticas, porque é uma via estrutural como nós sempre
fizemos. Então, eu quero dizer que eu vou votar contrariamente à Emenda, mas
sou favorável, porque nós, num processo como este, temos que, cada vez mais,
ajudar a politizar. E a Frente Popular, que se prepara para voltar ao Governo,
não pode entrar em contradição neste momento. Portanto, eu quero manter a minha
coerência, não é nada pessoal, mas vou manter a lógica, reforçando a temática e
o próprio Orçamento Participativo. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
22, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu conclamava a Bancada de situação para prestar
atenção e ter um certo cuidado com o oportunismo de certas propostas.
Evidentemente que nós somos favoráveis à duplicação, não só da Estrada Edgar
Pires de Castro, mas da Av. Juca Batista até chegar em Belém Novo, até a beira
do rio. Tem de ser duplicada, continuando inclusive com a 3ª Perimetral, que
não devia terminar na Cavalhada, mas continuar pela Av. Juca Batista até Belém
Novo. Da mesma forma, a Estrada Edgar Pires de Castro necessita ser, na medida
em que o tempo vai passando, pelo menos reformada, e, em alguns pontos,
duplicada pela intensidade do trânsito em determinadas horas do dia. É uma
região que eu conheço como a palma da minha mão, e acho que estas Emendas devem
ser favoráveis também para uma série de outras duplicações que, privilegiando
só a Edgar Pires de Castro, deveriam continuar até o limite com Viamão, onde
começa uma outra estrada. Mas esse privilégio deve ser de algumas outras vias
de Porto Alegre e que seria discriminatório, porque não há orçamento para isso.
Inclusive, todas as grandes obras de Porto Alegre, por exemplo, como a 3ª
Perimetral, foram feitas com verbas do exterior, elas foram feitas com verbas e
endividamento da Prefeitura.
Acontece
que, agora - e sou totalmente a favor de qualquer melhoria -, acho que esse
Projeto tem apenas uma enorme restrição, que é a forma oportunista como ele é
feito, quando, na verdade, toda vez que alguma pessoa aqui, do plenário, faz
alguma Emenda, virá outro fazendo em cima, imediatamente, para carimbar o seu
nome no Projeto. Esse expediente, já sabemos, é típico de uma certa época da
Câmara, de um certo narcisismo ridículo de alguns Vereadores que querem se
apossar da idéia dos outros, e sem ética e sem respeito fazem esse tipo de
trabalho. Achamos que isso não deve acontecer, e concito, inclusive, a Bancada
de situação - não só por esse motivo, mas por todos os outros motivos
decorrentes de uma estrada que realmente precisa ser melhorada - a votar contra
essa Emenda.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu não fiz emendas nem
ao Plano Plurianual nem à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Eu já previa esta
loucura, este debate, e esta imposição ditatorial da maioria sobre a minoria.
Eu
conheço o caminho das pedras, mas não posso deixar de defender Emendas de
colegas meus, seja da situação, seja da oposição, quando elas são corretas. Não
adianta conhecer a Restinga como a palma da nossa mão - se for por isso, o
ex-Vereador Pujol conhece, eu também conheço -, o problema é estar em sintonia
com os dias atuais.
O
que está sendo proposto é a ampliação da Edgar, principalmente na entrada da
Restinga, na rótula, é uma questão de vida ou morte. Nós queremos que as
pessoas continuem se acidentando naquele espaço? Ou queremos resolver o
problema e garantir vida e tranqüilidade a quem acessa à Restinga e a quem
passa reto em direção ao Lami? Esta é a questão! Em qualquer momento, nessas
circunstâncias, é uma necessidade.
Eu
fico impressionado quando se fala: tal coisa é oportunista. Mas têm outras
coisas que são oportunistas, populistas e mais todos os “istas” possíveis e
imagináveis, e não tem problema nenhum.
E
tem mais, as senhoras e os senhores telespectadores devem entender que é
incrível como se têm procedimentos diversos nesta Câmara. O mesmo tipo de
Emenda, o mesmo tipo de demanda; se for da situação, se aprova; se for da
oposição, não aprova. Isso não é um critério, isso não é justo, isso não é
legal. Nós precisamos mudar, e vamos mudar nesta Casa, porque nós vamos fazer
com que o contato seja cada vez maior. O conjunto da população precisa saber o
que se faz, o que se vota, o que se discute aqui na Casa do Povo de Porto
Alegre. Por isso, estamos aqui para colocar essas questões e para reverter esse
quadro de massacre total e absoluto da maioria sobre a minoria.
Uma
cidade não se constrói destruindo parte dela; uma cidade se constrói somando as
partes na divergência. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 22,
destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
03 votos SIM e 18 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart...
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Por gentileza, temos um Vereador se expressando na tribuna. Silêncio, por
gentileza. Assegurada a sua palavra, Ver. Carlos Comassetto.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Muito obrigado, Sr. Presidente. Para esclarecer o zunzum, nós estamos tentando
um acordo, e até o momento de eu vir para a tribuna não recebemos nenhum sinal
positivo do acordo. Portanto, assim, vou falar...
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Então, continue a sua expressão.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: A
Emenda nº 24, que fala da Cidade Integrada, é um Programa que já existe:
“Cidade Integrada - Ação Vias Estruturadoras”. E o nosso produto que propomos
como Emenda para incluir é a elaboração de Projeto para a duplicação da Av.
Vicente Monteggia. A Vicente Monteggia é a continuação da Rua Dr. Campos Velho
e leva até o Centro da Vila Nova, é uma via hoje que, no final da nossa
Administração, de 16 anos, ficou com o Projeto pronto, é um Projeto que foi
discutido no Orçamento Participativo, Verª Maristela Maffei, assim como a minha
proposta para Projeto anterior; quando se vai elaborar um projeto, a primeira
discussão que tem que se fazer é com os fóruns correspondentes. Isso tem que
ficar claro, principalmente para quem defende o planejamento participativo. Eu,
que sou engenheiro e que me elegi em cima do tema do planejamento
participativo, venho aqui defender isso como conceito até os últimos momentos
possíveis, para se construir política participativa nesta Cidade.
Portanto,
naquela via, o trânsito hoje é uma barbaridade. Eu, que venho todos os dias de
manhã de lá, entre 7h e 7h30min, durante todo o seu prolongamento... Ver. Mario
Fraga, o senhor que tem um irmão que mora lá na Vila Nova; Ver. Ervino Besson,
que é da Vila Nova; João Bosco Vaz, que vai ao campo de futebol do Periquito;
Brasinha, que vai lá, sabe como aquela via precisa ser pensada, precisa ser
planejada. Recentemente - e aí eu já vou aproveitar para trazer aqui uma
reclamação daquela comunidade -, a atual Administração Fogaça, por intermédio
do DMAE e da SMOV, abriu há mais de trinta dias dois valos na Av. Vicente
Monteggia que estão impedindo o trânsito de quem queira passar por lá, e há
trinta dias já estão abertos aqueles buracos longitudinais, ou seja,
perpendicular à via, Ver. Zé Valdir. Se o trânsito já demorava lá, agora demora
muito mais. A nossa proposta é muito tranqüila: que se inclua a possibilidade da
elaboração de Projeto para a duplicação, ou não, mas para a remodelação da
Vicente Monteggia, que é um atalho inclusive da Av. Nonoai até o acesso Aberta
dos Morros.
Bom,
precisa elaborar-se um Projeto; se não tiver Projeto, não se captam recursos.
Qualquer um que faz planejamento, qualquer engenheiro sabe disso: se não tiver
projeto, não se capta recurso: recurso do Orçamento público inclusive em nível
estadual, federal e dos organismos internacionais. Diante disso, o que nós
queremos? É que, na elaboração do Projeto, essa discussão venha inclusive para
discutir qual é o modelo de via que queremos. É uma via parque? Não é uma via
parque, é uma via de dupla mão? É uma via que tem ciclovia junto ou não? Então
essa é a proposta para a elaboração dos Projetos a serem discutidos onde, Verª
Maristela Maffei? Já foi discutida no Fórum de Circulação e Transportes e
aprovada essa demanda. Discutir no Fórum de Planejamento da Região 6, discutir
no COP e discutir no Conselho de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Sem
Projeto não se pode discutir, não se pode analisar, porque a demanda já existe.
Então, a nossa contribuição aqui para o Executivo Municipal, para a Cidade de
Porto Alegre, para a Região Sul e a Vila Nova é que possamos, no ano de 2007,
no próximo ano, elaborar, desenvolver o Projeto para captar recursos.
Nesse
sentido, Sr. Presidente, agradecemos a oportunidade de aqui virmos para
defender mais esta Emenda a este Projeto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Zé Valdir está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. ZÉ VALDIR: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, como existe um acordo
para nós agilizarmos os trabalhos, eu pedi para fazer este encaminhamento,
porque eu quero fazer um registro de uma análise que perpassa todo o relatório
apresentado pelo Relator.
Eu
quero dar os parabéns ao Relator, porque ele conseguiu montar um sistema de
produção em série de Parecer contra as Emendas da oposição. Um sistema de
produção em série que faria ciúme ao Henry Ford, que, em 1910, montou a
primeira indústria de automóvel com base nesse sistema de produção em série.
O
Vereador-Relator montou o seguinte standard, o seguinte “modelito”, o
seguinte paradigma, que ele usa em mais de treze Emendas - todas da oposição!
-, que diz o seguinte (Lê.): ”As metas estipuladas pelo PPA de 2006-2009
representam a capacidade do Executivo em atender demandas sociais, após
levantamento financeiro. Portanto, aumentar esses números significa
comprometimento de outra área ou até a incapacidade da execução. Portanto,
conveniência e oportunidade do Executivo”.
Essa
expressão permeia todas as mais de treze Emendas, às quais o Relator pretende
justificar a rejeição das Emendas apresentadas pela oposição. Parabéns.
Conseguiu montar um sistema de produção em série contrário às Emendas da
oposição.
Mas
eu quero entrar no mérito do que está dito aqui. Em primeiro lugar, não estamos
invadindo nenhuma competência do Executivo; nós estamos tão-somente
apresentando metas.
O
Relator confunde o ato administrativo. O ato administrativo, sim, como ato
discricionário do Executivo, precisa atender aos princípios da conveniência e
da oportunidade. Mas não é disso que nós estamos tratando. Nós não estamos praticando
nenhum ato administrativo, que é competência do Executivo; nós estamos
tão-somente fixando metas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é competência
do Legislativo, uma vez que o Executivo manda o Projeto para cá. Nós não
estamos invadindo a competência do Executivo. A questão da conveniência e da
oportunidade vale para o ato administrativo do Executivo, ou seja, quando o
Executivo for colocar em prática essas metas, ele vai analisar, com base na
conveniência e na oportunidade, se deve ou não aplicá-las. Aí, sim, é
competência do Executivo, e se aplica esse princípio da conveniência e da
oportunidade.
Nós,
aqui, estamos, sim, elaborando e intervindo num Projeto que veio para a Câmara
que, soberanamente, tem o papel de poder alterar as metas que são propostas na
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Portanto, é um equívoco muito grande.
Por
fim, gostaria de dizer que o juízo técnico do Executivo é absoluto, que não se
pode mexer, como está sendo dito aqui, ora... (Lê.): “...representam a
capacidade do Executivo em atender demandas que, após levantamento
financeiro...”. Bom, o Executivo fez, tem as suas razões... Isso é um juízo
técnico do Executivo. Mas, se fosse assim, tão absoluto, não adiantaria nem
mandar Projeto para esta Casa! Se o juízo técnico do Executivo fosse absoluto,
simplesmente o papel desta Casa seria apenas homologar, referendar os Projetos
do Executivo e não poderia discutir nada! Essa visão que está colocada nesse
parecer, nesse standard, nesse “modelito” que pretende, com essa
explicação, fulminar as Emendas da oposição, é uma proposta autoritária, uma
visão autoritária do Relator! Se no tempo em que nós estávamos na Administração
tivéssemos dito uma barbaridade dessas, nós seríamos acusados pelos Vereadores
que hoje estão na situação de estar querendo manietar o Legislativo, de estar
querendo cercear a soberania desta Casa! No entanto, está dito aqui que o
Executivo faz o seu juízo técnico, manda a matéria para cá, e nisso nós não
podemos mexer! E argumentando, equivocadamente, que isso se trata de juízo do
princípio da conveniência e oportunidade, quando a conveniência e a
oportunidade se aplicam ao ato administrativo do Executivo, que nada tem a ver
com o papel do legislador nesta Casa!
Portanto,
lamentavelmente, é com esse “modelito” que o Relator pretendeu rejeitar a
maioria das nossas Emendas, todas as Emendas que falam em... Isso é uma
contradição, porque nós estamos invadindo a competência do Executivo e, na
verdade, nós estamos falando sobre metas! Então, esse equívoco brutal do
Relator que revela uma postura autoritária, e justamente em cima dos projetos
da oposição! Nós queremos fazer este registro, porque nós vamos manter o acordo
que foi feito para agilizar os trabalhos desta Casa e para votar os Projetos.
Nós queremos deixar consignada aqui a nossa indignação e a nossa contraposição
a este Parecer que permeou todo o Relatório, com o qual se pretendeu fulminar
os Projetos da oposição.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
24, destacada, ao PLE nº 031/06.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, há poucos dias, eu e o
Ver. Sebastião Melo encaminhamos um Projeto a esta Casa, e houve uma crítica do
Ver. Comassetto - e eu, inclusive, a assimilei bem -, pois, de fato, a matéria
mexia na questão do Plano Diretor; nós voltamos para a região, e agora estamos
tirando uma posição; nós a levamos para o Conselho do Plano Diretor, e a
trouxemos para esta Casa, com a posição de lá.
Agora,
eu não vou fazer oposição por oposição. Nós não podemos entrar em contradição.
Nós ficamos 11 anos discutindo um Projeto, enviando verbas... A concepção do
Projeto do arroio Taquara... e passou pelas temáticas. Eu não vou vir aqui
votar contrariamente simplesmente para dizer que sou oposição. Toda vez que eu
achar que for incoerência, como estão sendo as Emendas do Ver. Comassetto, eu
vou tomar esta posição e voto contrário. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 24,
destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 02 votos SIM e 17 votos NÃO.
Suspenderemos
a Sessão por um minuto e meio.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h10min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 18h12min): Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, eu necessito de um esclarecimento. Nós tínhamos feito um acordo, e
nós estamos cumprindo o acordo, que não era mais discutir e votar em bloco.
Queremos saber se está mantido ou não. Se está mantido, assim procederei; caso
contrário, vamos discutir.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Comunicou-me
o Ver. Professor Garcia que o acordo é para votar uma a uma. Portanto, não
temos o acordo de votar em bloco. Assim me comunicou a Liderança do Governo. Se
V. Exª precisa que a sua Bancada converse, eu suspendo um pouquinho.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Não,
a oposição já fez a negociação e mantém o acordo feito. Existe uma dúvida que,
creio, precisamos...
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Vereador apresentou-me uma nova negociação. Ver. Professor Garcia, participe ao
seu colega da oposição. (Pausa.)
Ver.
Comassetto, seu colega informou-me que se manterá a votação uma a uma: uma a
uma, votando e discutindo.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente,
solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Solicito
abertura do painel eletrônico para a verificação de quórum, solicitada pela
Verª Sofia Cavedon (Pausa.) (Após a apuração nominal.) 18 Vereadores presentes.
Não há quórum.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu quero dizer que eu me sinto humilhado, como Vereador, de
verificar o que eu verifiquei aqui neste momento. Saúde e PAZ!
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h17min.)
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